A Venezuela não é a Síria
Os mais optimistas terão visto na queda do regime de Assad o prenúncio da queda de Maduro.
Esquecendo a grande diferença entre ambos - as armas.
Assad foi derrubado porque os seus opositores estavam fortemente armados.
Maduro só enfrenta o protesto da rua.
O ditador venezuelano, inspirado no vizinho cubano, nos regimes russo, norte coreano,...deixa o povo morrer à fome mas alimenta muito bem as forças armadas (o exército venezuelano tem oito mil generais!, os Estados Unidos setecentos), as forças policiais e as milícias que auxiliam ambos.
E alimenta esta corja de bandidos deixando-os controlar livremente o comércio do ouro, da droga.
Comércio paralelo, tráfico, que consegue tornear as sanções internacionais.
A Venezuela é um Estado onde a ilegalidade é lei no intuito de garantir o monopólio da força e a lealdade daqueles que têm armas na mão.
Nos últimos anos, o regime venezuelano tem recorrido também a outro expediente.
Mais uma vez em tudo semelhante ao que tem mantido o regime cubano.
As remessas dos emigrantes.
Haverá hoje em dia oito milhões de venezuelanos a viver fora do país.
Opositores do regime que Maduro persegue internamente, indo ao ponto de lhes cancelar administrativamente os passaportes, obrigando-os a fugir clandestinamente do país.
E depois capturando as remessas que enviam para alimentar os seus familiares.
Enquanto Maduro garantir o monopólio da força na Venezuela, o regime muito dificilmente cairá.
Por mais odiado e odioso que seja.
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