Nuclear? Talvez, porque a isso somos obrigados
O Ocidente, essa massa civilizacional cada vez mais difusa e desconcertante, provavelmente empurrou a Ucrânia para o seio da família das potências nucleares de onde a tinha convencido a sair em 1994.
Quase três anos depois da invasão russa; do rasgar unilateral dos tratados que consagravam a protecção ocidental aos ucranianos em caso de agressão russa; contrapartida da entrega do arsenal nuclear ucraniano à Rússia resultante do Acordo de Budapeste; perante a hesitação cobarde do Ocidente; com a entrada no conflito de soldados norte-coreanos; com a eminente entrada de um novo inquilino na Casa Branca (o actual também auxiliou muito pouco, reconheça-se); confrontado com o cansaço da opinião pública interna; e dispondo de tecnologia e instalações para produzir ogivas nuclares; será que Zelensky resiste a essa tentação?
Ainda mais quando vê os líderes ocidentais falar em fim da guerra e em aproximação a Putin?
Nuclear? Talvez, porque a isso somos obrigados.
Chama-se realpolitik e poder de dissuasão.
Quem tiver a oportunidade que comece a pensar na Argentina e na Austrália. Ou Nova Zelândia ou Antártica. Os locais mais seguros...
ResponderEliminarA Ucrânia foi vítima de traição.
EliminarPelos russos e pelo Ocidente.
Vamos ver se não se cansa...
Não confio, nunca confiei, em Zelensky. Acho, contudo, que o nuclear obriga a que se pense duas vezes e que se veja o seu povo como mártir.
ResponderEliminarAbraço
Duas vezes?
EliminarO homem anda a levar com bombas na cabeça há mil dias, António.
Poder de dissuasão.
Abraço
Zelensky para mim é um grande presidente e defensor do seu povo e os do ocidente muitos prometem e a ajuda demora imenso tempo.
ResponderEliminarPutin é um ditador maquiavélico juntamente com a sua escumalha!
Beijos e um bom dia
Zelensky está esgotado, Fatyly.
EliminarTrês anos sem sossego e a enfrentar um inimigo sem escrúpulos.
Beijos
A foto que mostras é muito comovente e diz tudo des homem com H grande!
ResponderEliminarDeve ser horrível ver tanta morte e destruição à volta.
EliminarE sentir pouco apoio de quem o podia e devia dar.
Zelensky não é pessoa em quem eu deposite confiança.
ResponderEliminarE a Ucrânia não é a virgem ofendida que o Ocidente apresenta aos nossos olhos.
Tenho muita pena das pessoas que morrem sob as bombas nucleares ou não de ambos os lados.
A Ucrânia é um Estado invadido por um escroque, São.
EliminarUm Estado que está a servir de tampão para que outros não tenham o urso russo à porta.
Pois , eu não tenho tanto essa certeza. Embora Putin seja um criminoso de guerra desde a brutalidade com que esmagou a Chechénia, mas aí o Ocidente nem sequer mexeu um dedo, porque eram muçulmanos e pobres.
EliminarQuando os responsáveis dos Acordos de Minsk assumem que só os fizeram para dar tempo à Ucrânia para se rearmar...
E , além disso, o presidente que antecedeu Zelensky ganhou umas eleições que os observadores consideraram corretas e foi depois derrubado por um golpe.
E nós sabemos como os EUA são peritos na envolvência em golpes de Estado de presidentes devidamente eleitos : Pérsia,Chile, Ucrânia, enfim.
Estou preocupado com a guerra, São.
EliminarCom a política interna ucraniana só depois de haver paz.
Os ucranianos foram traídos pelo Ocidente e pelos russos em 1994.
Trinta anos depois têm tecnologia, plutónio, instalações fabris, para produzir armas nucleares.
Se a isso se sentirem obrigados...
Partilhamos três coisas : o respeito por Zelensky ao recusar sair do país logo após a invasão russa, a convicção de que Putin e o ditador da Coreia do Norte deveriam desaparecer de cena, a preocupação com a hipótese muito real do agravamento da guerra .
EliminarSe há Homem que eu admire neste Mundo, é Zelensky!
ResponderEliminarNenhuma decisão sua será tomada de ânimo leve, mas quem lida com canalhas e os tem como vizinhos, deve no mínimo precaver-se...Para o que der e vier!
Beijinho
Os ucranianos foram enganados na sequência dos acordos de Budapeste e deixados à sua sorte depois da invasão russa, Janita.
EliminarBeijinho
Admiro este homem, que mesmo com as bombas a caírem em cima, vai para a frente de batalha e anima os seus homens.
ResponderEliminarBeijos
O homem que recusou sair da Ucrânia quando a guerra começou, Manu.
EliminarÉ bom não esquecer isso nunca.
Beijos
Concordo plenamente.
ResponderEliminarDesde o início critiquei a pusilanimidade da OTAN.
Não foram capazes de criar estratégias para neutralizar o 'bluff' russo...
É uma vergonha! Assistem à tentativa de genocídio de uma nação sem nada fazerem, quando agora até têm ao seu lado a Coreia do Sul e o Japão.
Conclui-se que a OTAN só enfrenta os fracos...
Beijinhos
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Talvez perca mais leitores...
EliminarCom o meu singelo 'post' sobre a Paz, Bob Dylan e 'Blowin' in the wind' perdi um ''parceiro'' de cerca de sete anos...
Ele hoje nem apareceu por aqui...
Se eu contasse quem é, ninguém acreditava.
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Estão a empurrar a Ucrânia para a inevitabilidade do nuclear, Majo?
EliminarReceio bem que sim.
Beijo
Nossa... não entendo!
ResponderEliminarUm país sendo barbaramente bombardeado , morrendo milhares de gente inocente, país destruído totalmente, o que mais precisa para admirar Zelensky
que nunca deixou seu povo nem seu país? Pena que não tem a ajuda que precisava.
Pelo amor de Deus, o que faz um pedaço de Terra!! O que faz o poder!
Bom fim de semana, Pedro, muita paz por aí!
Beijo
Não consigo perceber quem não está sem reservas ao lado da Ucrânia, Tais Luso.
EliminarPutin, Kim, o regime iraniano, são malvados que têm de ser varridos da face da Terra.
Quem não percebe isto não vive no mesmo mundo que eu.
Beijo
Estamos cada vez nos extremos, a paz dá lugar a guerra, a democracia dá lugar a tirania, a ciência dá lugar à desinformação, o jornal é substituído pela rede social.
ResponderEliminarhope world does not end with nuclear blast
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