DECÊNCIA

 

Umas das palavras que mais temos ouvido pronunciar após a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos é decência.

Ninguém pode afirmar com certeza que a presidência de Joe Biden será um sucesso.

Mas o que parece ser relativamente fácil afirmar é que será, sobretudo quando comparada com a presidência de Trump, uma presidência decente.

Trump e a turba mafiosa e ignorante que o rodeia fizeram os Estados Unidos cair no ridículo.

Os escândalos sem fim, a retórica agressiva, confrontacional, bélica, terão por certo um termo com o fim do reinado Trump.

Ainda não consegui perceber como é que semelhante figura conseguiu o apoio inegável de tanta gente.

Não só nos Estados Unidos mas pelo Mundo fora.

Tudo nele é falso, hipócrita, abrutalhado.

Será tarefa simples estabelecer o contraste com ele neste domínio  específico.

O que não será nada simples é recuperar os Estados Unidos a nível interno (pandemia, crise económica, profundas divisões políticas) e a nível internacional (saída extemporânea de tratados, negação das alterações climáticas, da ciência).

Mas será sempre mais fácil e credível quando estes pantomineiros todos que acompanham Trump saírem de cena.

Acrescente-se então à palavra decência a palavra esperança.

Esperança num tempo novo, limpo, decente.