Ainda e sempre os táxis


Passei uns dias em Portugal em visita a familiares e amigos.
Já de regresso a Macau, no voo entre Lisboa e o Qatar, uma das assistentes de bordo, Portuguesa, disse-me que já tinha visitado Macau e tinha odiado.
Confesso que me incomodou o comentário tão desassombrado e simultaneamente tão assertivo.
Quando lhe perguntei o que tinha provocado tão forte sentimento de repulsa, começou por me dizer que aconteceu logo à chegada.
Porque os taxistas eram mal educados, rudes, não entendiam nada do que lhes era dito nem se preocupavam com isso, porque seleccionavam clientes, porque os táxis estavam porcos e a cair de podres.
Não sendo novidade, entristece quem aqui vive e fez de Macau o seu lar.
Quantos visitantes ficam, logo à entrada, com este sentimento?
Estes patifes, fora da lei e acima da lei, é assim que demonstram o seu tão falado amor à Pátria e amor a Macau?
Slogans não têm qualquer valor ou significado quando a prática diária os desmente frontalmente.
Fiquei triste, aborrecido.
E calado porque tenho consciência que não se pode discutir o indiscutível.

Comentários

  1. É uma má imagem de recepção, temos de concordar. Se são patifes, são-no em qualquer nacionalidade e lugar. Mas se forem portugueses, ou descendentes lusos, deixa-nos mais meditativos e desagradados, não gosto quando os portugueses se portam mal. E menos no estrangeiro. Espero que, ao menos, sejam macaenses de gema. Ou chineses.

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    1. Chineses, bea, são todos chineses.
      A patifaria não tem fronteiras.

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  2. Bom dia
    É sempre triste ouvir comentários maus sobre aquilo que gostamos , nomeadamente da terra onde decidimos viver e pior ainda é quando os comentários têm algo de verdadeiro .

    JAFR

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    1. Encolhi-me no meu canto.
      Infelizmente aquela é a imagem fiel do que é o serviço de táxis em Macau.

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  3. A má fama dos taxistas tem razão de ser. Não admiram comentários como a da assistente de bordo.
    Admiram-se os senhores taxistas, do aparecimento de alternativas. São melhores em tudo.
    Um abraço

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    1. Por aqui as alternativas foram corridas, António.
      Feios, porcos e maus.
      Aquele abraço

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  4. Uma pena que assim seja.
    Quando visitei Macau, não tive de recorrer a táxis, hoje se voltasse, pelo que escreve, evitava-os.

    Beijos Pedro

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    1. Aconselho vivamente, Manu.
      Estupores não têm emenda.
      Beijos

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  5. Tem coisas que são mesmo indiscutíveis!

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  6. O cartão de recepção, chegam os turistas com essa placa nada feliz...Mas não tem outro jeito do que entrar muda e sair calada.
    Beijo, Pedro, boa semana!

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  7. Quando aí for digo, Pedro! ;)
    Aquele abraço.

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    1. Apite para eu arranjar alternativas aos táxis, Ricardo
      Aquele abraço

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  8. Bem vindo Pedro, espero que tenha tido umas boas ferias em Portugal.
    A primeira imagem conta muito. Uma pena que ela e se calhar outros ficaram com ma impressao de Macau por causa dos taxistas :)

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    1. O pior cartão de visita, Sami.
      As férias em Portugal foram muito boas.

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  9. Mas revolta ouvir falar mal do Pais que se escolhe para viver! Pior é que têm razão!
    -
    Num olhar, onde possa existir felicidade...
    Beijo e uma excelente tarde!

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    1. Quando têm razão ainda revolta mais, Cidália Ferreira.
      Beijo

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  10. Amor à Pátria uma ova! a má educação dos taxistas já tem barbas brancas e não parece terem vontade de mudar, penso que os mais velhos transmitem toda arrogância aos mais novos.

    Beijinho Pedro

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    1. Enchem a boca com o slogan Amor à Pátria, Amor a Macau.
      E depois têm este comportamento.
      Estupores!
      Beijinho

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  11. Felizmente as vezes que estive em Macau, andei pouco de táxi e as que andei, não tive problemas, mas pelo que descreveu, devem acontecer situações bem desagradáveis.
    Quanto a gostar de Macau, eu adorei e a minha filha e genro, nem se fala.
    Beijinhos
    Maria

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    1. Por adorar Macau, que ficará para sempre ligado à minha vida, é que fico irritado com estas situações, Maria Rodrigues.
      Beijinhos

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  12. é o tema da "1ª impressão", pedro.
    os taxis são logo o primeiro contacto de um país. Por cá, tb se ouvem histórias pouco dignas. Mas não se pode concluir um país/cidade pelos taxistas.

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    1. A primeira impressão, que marca, não podia ser pior.
      FDP!!

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  13. São de facto o primeiro contacto do visitante com o novo país.
    Lamentável.

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  14. Que tristeza! Que vergonha!
    Essa doeu, hein, Pedro?
    Atenua a dor revendo "Feios, porcos e maus", a pérola do grande Ettore Scola. Não vais chorar, não!
    Beijo.

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  15. Também lamento muito a situação.
    Beijinho
    ~~~~

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  16. Há castas intocáveis, Pedro, imutáveis.
    Abraço.

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  17. Mesmo assim ela poderia ter um pouco mais de espírito de aventura e ver além

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