Reescrever a História
O anunciado Centro Interpretativo do Estado Novo, que nascerá na casa onde nasceu Salazar, e a polémica à volta da criação deste museu, fizeram-me pensar na mania tantas vezes repetida de reescrever a História.
Uma vontade de fazer a História ficar mais agradável, mais ao gosto das pessoas e dos tempos.
Que tem tanto de ridículo quanto de estúpido.
A História deve ser apresentada e ensinada sem rodeios, sem tabus, sem floreados.
Por mais bárbaros que sejam os acontecimentos que se relatam a verdade é sempre a melhor solução.
Porque só à luz dessa verdade se podem colher ensinamentos do passado para serem utilizados no presente e no futuro.
O Estado Novo existiu e Salazar foi talvez o seu maior rosto.
Ainda que o Centro se destinasse a glorificar a figura de Salazar, e parece não ser essa a intenção, estava aí uma óptima oportunidade para ensinar quem foi e o que fez Salazar e o regime político que comandou à revelia da propaganda do Centro.
A mentira combate-se sempre com a verdade.
Porque a verdade é sempre mais forte e acaba sempre por vencer.
Reescrever a História nunca é boa ideia.
Seja em Santa Comba Dão ou muito mais a Oriente.
Recriar pode ser bom. Basta olhar por outro angulo...
ResponderEliminarhttp://juliamodelodemodelo.blogspot.com
Negar é que é sempre muito mau, Júlia Evelyn
EliminarConcordo por inteiro. Salazar foi um governante português, arremedo de ditador, causa de longo atraso civilizacional e muito sofrimento popular que à custa do povo endireitou finanças e manteve uma guerra estúpida para perpetuar um estado ultramarino ceifeiro de tanta vida e que estropiou tantas mais. Mas a ele se deve a Ponte Salazar hoje dita 25 de Abril não sei porquê. O bem e mal que fez devem ser contados, analisados, vistos nos seus meandros. Para que se não repitam erros e desmandos.
ResponderEliminarTer medo da História é um erro tremendo, bea.
EliminarAprender com a História é sinal de inteligência.
Subscrevo inteiramente!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Beijos, Fatyly
EliminarA verdade vale mais sem máscaras, sejam elas quais forem.
ResponderEliminarTambém subscrevo em absoluto as palavras do Pedro Coimbra a quem envio um abraço ocidental.
Aquele abraço, João Menéres.
EliminarSempre de cara descoberta.
Bom dia
ResponderEliminarSerá que algum dia haverá lugar a um museu do pós salazarismo ??
JAFR
Quantos mais, melhor, Joaquim Rosário.
EliminarSem receios.
Infelizmente, faz mais falta um museu interpretativo da democracia...
ResponderEliminarBoa tarde, Amigo.
Beijinho
~~~
Venha(m) ele(s), Majo.
EliminarBeijinho
Majo, acho boa ideia!!! até pode ser contemporâneo!
Eliminarolhe que é uma maneira de aprender história! nas escolas está difícil, misturam os séculos, vão para a frente, voltam para trás, não se aprende datas de cor, então perde-se referências, não é fácil!
Reescrever a história é muitas e quase sempre uma maneira de branquear situações obscuras para não dizer outra coisa, aproveito para desejar ao meu amigo uma boa semana.
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Como sabemos isso aqui por estas bandas, Francisco!
EliminarAquele abraço
A verdade em primeiro!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Sempre, Isabel Sá, sempre.
EliminarEu acho que os museus e centros interpretativos são muito importantes Pedro,
ResponderEliminarajudam a explorar a história, dela depende em grande parte o que nós somos,
mas também tem razão, os factos devem ser explicados de maneira clara,
com documentos,
também não "culpabilizando" os antigos por tudo o que de mau existe, porque já não estão cá para se defenderem e aos olhos dos séculos passados, as circunstâncias, os medos, e conceitos eram outros
em tudo é preciso dignidade
Mostrar tudo e deixar as pessoas aprender e tirar as suas conclusões.
EliminarQuem é que tem medo disso?
Rescrever sim, sempre com a verdade. :))
ResponderEliminarHoje:-Nasce a saudade, queimando dentro de mim. {Poetizando e Encantando}
Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira
Bjs e nada de esconder e inventar quando se fala de História.
EliminarA historia deve ser contada como foi e nao "branquear" a verdade.
ResponderEliminarTanta vez passei junto a essa casa quando vivi no Carregal do Sal.
Não há que ter medo de dizer a verdade, Sami.
EliminarÉ sempre boa ideia.
Engraçado, Sami. Você usou BRANQUEAR enquanto a gente, do lado de cá do Oceano, fala AMARELAR.
EliminarDesculpe a fuçada e boa tarde.
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Estamos sempre a aprender, silvioafonso.
EliminarOs brasileiros falam em AMARELAR, ou seja uma das cores da bandeira ?!
EliminarCaros leitores,
ResponderEliminarcomo sempre, é com muito carinho que lemos os vossos comentários e agradecemos as vossas visitas ao nosso 'blog'.
E convidamos-vos, assim, a ler o capítulo 4 de "Variações em Quadrilha".
https://contospartilhados.blogspot.com/2019/07/variacoes-em-quadrilha-capitulo-4.html
Continuação de excelente semana!
Saudações literárias
Boa semana
EliminarÉ complicado mexer e algo que não se vivenciou.
ResponderEliminarMais uma razão para procurar estudar, aprender.
EliminarOs jornalistas contam a primeira version da historia, OS vencedores escrevem a historia. A verdade sera contada mais tarde.
ResponderEliminarAbraco, Pedro.
E se conhecermos todas poderemos ser nós a tirar conclusões, não é, Augie Cardoso?
EliminarAquele abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPedro, eu posso errar a mosca, mas sinto que não erro o alvo se falar que Salazar foi um estadista autoritário de um governo que durou mais de 40 anos, 41 para ser preciso, e só terminou em 1974 (?), num movimento que vocês chamaram de Revolução dos Cravos.
EliminarTenho dúvidas quanto ao ano, mas se não foi em 74 foi próximo disso. A gente teve governo parecido com o exército ditando ordens, mas felizmente brotaram flores em suas armas depois que mataram alguns opositores. O gosto de chumbo durou 20 anos em nossas bocas.
Um abraço e obrigado pela aula.
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Na mouche, silviofaonso.
EliminarE é bom que se conheçam todos os pormenores do antes e de pois de 25 de Abril de 1974.
Sem receios, sem máscaras.
Aquele abraço!
Sou e serei sempre a favor da verdade, quando se trata do nosso passado histórico.
ResponderEliminarGosto de ter a liberdade de tirar as minhas próprias conclusões.
Sei um pouco da vida e percurso do Salazar e ficaria chocada se visse pintada a realidade de uma forma diferente do que foi.
Beijos Pedro
E se for pintada de forma diferente cá estaremos todos para abertamente dizer a verdade.
EliminarBeijos
Não posso concordar mais... tal como não se podem esconder campos de concentração e dizer que foram de acampamentos de férias... as coisas têm de ser vistas à luz da época e são o que são, ou melhor, são o que foram na altura e como em tudo na vida, são oportunidades de relembrar o que não deve voltar a acontecer. A liberdade não está "ganha", o dia que o ser humano se mantenha confiante disso é o dia que haverá um retrocesso ao nível dos direitos.
ResponderEliminarPessoalmente, nunca acreditei ser possível ver os actuais Estados Unidos ou o Brasil actual...
Gente livre é assim que pensa, Sam Seaborn.
EliminarDizem que a verdade é como o azeite: vem sempre ao de cima. No entanto o que se vê a todo o passo são mentiras em cima de mentiras, ao ponto de tantas vezes não sabermos onde é que está a verdade ou a mentira. “Mentir, mentir, mentir. Até que a mentira tome foros de verdade e os alienados e desavisados creiam nas coisas que se inventam” - é o lema.
ResponderEliminarAté a História já não é o que era, ou só muito mais tarde é que se descobre que afinal não era bem assim como no-la quiseram vender?
Mais uma razão para se estudar, se procurar saber, Fá menor.
EliminarSeria bom que sim, mas tal como era ou foi!
ResponderEliminarBeijo, boa noite!
Beijo, Cidália Ferreira.
EliminarQuer queiramos ou não o estado novo existiu Salazar comandou este Pais a verdade tem que ser ensinada e mostrada às futuras gerações os tempos negros que se viveu em Portugal.
ResponderEliminarAbraço
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Carinhosa e Meiguinha...
Se não for assim os vilões e aos assassinos, tarde ou cedo, aparecerão misturados com os heróis. Kique.
EliminarAquele abraço
Que não sejam esquecidos aqueles que foram assassinados pela PIDE a mando de Salazar.
ResponderEliminarSe deixarmos de falar no que aconteceu corremos esses risco, Magui...
EliminarPedro, tua lucidez convence e estabelece ou restabelece a verdade! Perfumaria em história é como uma corrente magnética perto da bússola que desvia o rumo do timoneiro para quebrar a cara em rochedo qualquer. Todo personagem tem seus erros e acertos, então que se conte o bem e o mal que legou, pois ninguém é de todo um bom ou um mau diabo. Parabéns! Grande abraço! Laerte.
ResponderEliminarQuando partimos do princípio que as pessoas são estúpidas e engolem tudo o que lhes damos vamos por muito mau caminho, Laerte.
EliminarAquele abraço
Sabes o que penso sobre isso :)
ResponderEliminarEstamos na mesma onda :)
EliminarPor esse mesmo princípio acolhi com satisfação a criação do museu da Resistência e Liberdade em Aljube, se não estou equivocada. Lembrar o regime do Estado Novo é tão importante como conhecer a constituição antes e depois de 76, ou ter presente que em 26 a republica foi abalada e deu-se inicio ao Estado novo. História é sempre importante.
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