Até ao lavar dos cestos...
Até ao lavar dos cestos é vindima, ensina o conhecido ditado popular.
E deve ter sido este o motto da Selecção Nacional ontem à noite na Dinamarca.
Colheita tardia, resultante de uma mistura de castas que nem sempre resultou bem, o produto final é saboroso mas necessita ainda de ser depurado de algumas impurezas.
Sabe-se que há ali uva de qualidade, uva já conhecida, alguma recuperada, à mistura com outras qualidades de fruto que estão agora a ser testadas.
O produto final agrada mais pelo sabor que fica depois de consumido do que pela experiência de degustação.
Alguns taninos doces e redondos num néctar que deixa um perfume e um sabor agradáveis mas a necessitar ainda de algum estágio em madeira para apurar a qualidade e o sabor.
A prova ficou completa com um produto dinamarquês muito encorpado mas que deixa na boca a sensação de fraca qualidade do fruto e do produto final dele resultante.
Taninos adstringentes que deixam na boca uma impressão de secura e aspereza.
Prova a confirmar, para ambos os néctares, lá mais para a frente.
Para já, fica a nota de um boa estreia do novo sommelier português.
Néctar de grande qualidade, com taninos doces e redondos, num produto novo mas muito bem estruturado, é o que foi ontem servido em Paços de Ferreira.
Irrequieto, electrizante, frenético, grande chocolate, com castas de grande qualidade e futuro prometedor, é um produto que ainda não conheceu a desilusão ao fim de 14 provas.
O sabor que fica é prolongado, alegre, típico de um produto jovem mas de grande qualidade e cheio de ilusões e potencial.
Com algum estágio em madeira de qualidade, servido no tempo e na temperatura certas, tratado por um sommelier de créditos firmados (o actual está a deixar a impressão que sabe da poda) pode ser um caso sério a muito breve trecho.
Por agora segue para a prova final, uma fase à qual já não chegava nas últimas três edições.
Brindemos às duas equipas representantes do futebol português ontem em acção.
Saúde!
Foi difícil, mas foi uma vitória importantíssima!
ResponderEliminarAbraço
Carpe diem,
EliminarDifícil mas muito saborosa.
Até pelo grau de dificuldade envolvido
Abraço
Não percebo muito devinhos, mas gostei desta casta extraída dos seus neurónios, Pedro!
ResponderEliminarCarlos,
EliminarEu sou abstémio!
Mas sou um curioso das provas de vinhos e da maneira como são descritos e classificados.
Vai daí, e ainda que perfeitamente sóbrio, deu-me para isto.
Na selecção A, houve brinde com Vinho Madeira Vintage, Pedro.
ResponderEliminarJá nos Sub-21, aquilo ali é tudo gourmet desde o guarda-redes titular aos suplentes.
Grande abraço, Pedro.
Eu, abstémio, me confesso, Ricardo.
EliminarNão sendo um conhecedor de vinhos, vou sendo um teórico.
Já noutras colheitas não tenho dúvidas que esse Madeira é de uma casta única, apurada ao longo dos anos, irrepetível.
Já nos vinhos mais novos há ali qualidade indiscutível, gente com um grande futuro à frente.
Aquele puto que o Benfica emprestou ao Mônaco não é bom, é craque, passa com distinção o teste do algodão.
Aquele abraço
Mónaco, obviamente.
EliminarConcordo, Pedro.
EliminarGostei muito que tivesse sido o Ronaldo a resolver. Para calar aqueles que só sabem dizer mal dele.
ResponderEliminarTimtim Tim ,
EliminarJá aqui escrevi por várias vezes, vou escrever mais uma, que o Ronaldo e o melhor e o mais completo jogador que alguma vez vi jogar.
Isto não tem nada a ver com nacionalismo, ou coisa do género.
É aquilo que penso.
E não estou sozinho (longe disso!) ao defender esta opinião.
Não percebo nada de vinhos nem de futebol :) , mas sei apreciar um bom texto e congratular-me com a vitória de equipas portuguesas.
ResponderEliminarbeijinho
Fê
Fê,
EliminarEu sou abstémio, como já aqui referi.
Mas vou ouvindo umas coisas que acho engraçadas.
Depois, quando a inspiração chega, passo-as para aqui :))
Gostei da vitória das selecções.
Confesso-me entusiasmado com a performance dos garotos.
Beijinhos
O Pedro pôs aqui uma prosa plena de boas modulações vínicas.
ResponderEliminarNão se deixem eles embriagar por um simples copo de vinho.
Espero bem que este copo não lhes dê uma valente piela, Agostinho.
EliminarOs putos são mesmo bons.
Também espero que não se deixem embriagar.