Costa Concordia?
O trocadilho é fácil e imediatista - quando, na sequência da vitória nas eleições no último domingo, o PS devia navegar em águas calmas, em velocidade e modo de cruzeiro, o barco começa a meter água.
Mas, ao contrário do que aconteceu com o Costa Concordia, no caso do PS o capitão recusa abandonar o leme.
Mesmo quando acossado dentro do próprio navio, ameaçado de motim, como já se antevia perante tão inexpressiva e insignificante vitória, António José Seguro faz finca pé e deixa bem claro que, se os amotinados, com António Costa à cabeça, quiserem tomar de assalto o navio, vão ter que o fazer à força e contar com a sua forte oposição.
Curiosamente, acho que esta é a tomada de posição mais firme que vejo a António José Seguro desde que passou a dirigir o partido.
António Costa e os seus apoiantes, frios, calculistas, esperaram até ver as primeiras águas invadirem a sala das máquinas para imediatamente tentarem tomar de assalto o posto de comando do navio.
E, quando podia haver festa a bordo, o que se assiste agora é a uma enorme confusão, a uma tentativa declarada de motim.
Confusão e motim que, a jusante, deixam a navegar à bolina, longe da vista e da linha de costa, quem agora se previa estar a enfrentar uma séria tormenta.
Estimado Amigo Pedro Coimbra
ResponderEliminarA política é aquilo que todos sabemos, o PS Precisa Seguro rsrsr
Abraço amigo
Seguro que está com vontade de cantar, "daqui não saio, daqui ninguém me tira", Amigo Cambeta.
EliminarAquele abraço!
Para mim com Costa ou sem Costa, com Seguro ou sem ele será sempre o mesmo partido falido, com falta de tudo e como tal nunca votei nele e oxalá que para o ano não tenha de gramar mais um balancé...e voltarmos ao mesmo. Portugal precisa de um arejamento total, porque os maiores partidos estão gastos e todos rumam para o mesmo: viver da política e dos tachos.
ResponderEliminarBeijos
Esse é o grande drama, Fatyly - há um excesso de politiquice e de politiqueiros e uma enorme falta de estadistas.
EliminarEstas guerras internas nos partidos (agora é o PS, já aconteceu, e vai acontecendo, como outros) só descredibilizam quem as promove.
E depois aparecem abstenções e votos brancos e nulos na ordem dos 74%.
Porque será??
Bijos
Isto não dá para entender. Não dá não. Muitos já afirmaram que Seguro não está seguro e que Costa só sabe da costa do Castelo.
ResponderEliminarAcreditei numa vitória muito mais larga do PS. Depois vi cantar vitória por tão pouco e só dizia: - Enganam-se a eles ou querem tapar-nos os olhos ?
Uma abstenção demolidora diz-nos mais que os discursos e as guerras sem ética nem sentido. Penso que não vamos lá com Seguro. Já deu provas que não é seguro e que outros o ultrapassam sem dificuldade....
António José Seguro já provou que não é realmente o homem do leme, luís.
EliminarMas a conduta de António Costa parece-me altamente censurável.
Quando lhe foi pedido, várias vezes, que abraçasse o partido, recusou (tinha outros voos em mente).
Agora, que vê Seguro a ser atacado, entra em força.
Oportunismo político puro e simples.
A conduta de António Costa é altamente censurável e este oportunismo político dá-me vómitos!!!
EliminarEu fico com vontade de citar "Os Homens da Luta", ematejoca - e o povo, pá?!
EliminarDeixem-se de guerras palacianas, caramba!
Um PS enfraquecido por dentro. Que com esta vitória 'tímida' não convence muita gente. Costa é um estratega, a lembrar Almeida Santos, e há algum tempo que esperava uma oportunidade como a que 'deu à luz' no domingo.
ResponderEliminarNão concordo, minimamente, que se diga que o com o PS seja um "partido falido", como diz a Fatyly.
Está em crise interna? Nem tanto, apenas à procura do 'assentar da poeira' para que possa respirar fundo e tomar novo fôlego. Coisa que já deveriam ter feito mas que Seguro, por distracção ou vontade própria, não quis/soube fszer.
Como em tudo, há que dar o benefício da dúvida. Não foi esse benefício que se deu ao PSD/CDS?
Quero, exijo, o melhor para o meu País.
António,
EliminarNa resposta à Fatyly já deixo claro que estas lutas internas não são, longe disso!, um exclusivo do PS.
E esse é um dos grandes dramas do País - em vez de serem apresentadas propostas de solução para uma realidade política muito complicada, os partidos distraem-se a discutir lideranças.
E ninguém pode atirar pedras ao vizinho.
Há demasiados telhados de vidro para isso em todos os partidos.
Um texto como eu gosto: com humor e sem aquela desmedida euforia por causa do avanço desleal do António Costa, que reina noutros blogues.
ResponderEliminarNa minha opinião e na do Francisco Castelo Branco:
"António Costa não ganha a Seguro e muito menos as legislativas. O líder da câmara lisboeta pode ter imensas qualidades, mas tem os mesmos vícios de José Sócrates."
E esta posição firme do António José Seguro vai-me obrigar a votar no PS nas próximas eleições.
António José Seguro surpreendeu-me na firmeza que demonstrou, ematejoca.
EliminarConheci, episodicamente, António Costa aqui em Macau,
Fiquei com a impressão que estava a lidar com uma falinhas mansas, ematejoca.
Muito plástico, muito estudado.
Admito que esteja equivocado, mas foi essa a impressão que ficou.
Pedro, o Costa Concórdia não foi aquele que afundou?
ResponderEliminarEnfim, os «tempos de intervenção» escolhidos não são, de todo, os melhores, porém, Seguro não cresce desde aquele discurso monocórdico e oco, passando por aquele vazio de ideias recorrente, enfim, é o que temos, mas, arrisco afirmar, não merecemos.
Sobre esta matéria escrevi no meu mural do FB que V.Exª tem acesso privilegiado por fazer parte daqueles que me dão a honra de serem meus amigos.
Aquele abraço, Pedro!
Já li, Ricardo.
EliminarE não tiro, nem acrescento, uma única vírgula.
Acha que o País merece mais e melhor, sem dúvida nenhuma.
Aquele abraço!!
Num partido plural como o PS tudo pode acontecer!
ResponderEliminarA vitória foi escassa e o tempo escasseia para a reorganização das "tropas" para as Legislativas.
Com Seguro, com Costa ou com outro há que clarificar posições!
Abraço
Mas tinha que ser assim, Rosa dos Ventos?
EliminarDeixar acontecer um resultado eleitoral mau e atirar a matar?
Não me caiu nada bem, confesso.
Abraço
~
ResponderEliminar~ Grande vontade de malhar!
~ Esta foto serve, hoje, de regozijo, à esquerda, à direita e aos desorientados que disparam para os dois lados.
~ Onde há quem veja deslealdade e oportunismo, eu vejo exatamente o contrário, pelo que, acho oportuno indicar as minhas razões.
~ 1. Ser chefe de governo de um Portugal falido como está, é um grande ato de coragem.
~ 2. É leviano acusar AC de oportunista, quando ele reúne todas as condições para se candidatar a presidente da república.
~ 3. Desleal teria sido apresentar-se como candidato ao cargo, sem nenhun motivo. Aí, sim, mereceria a suspeição de ambicioso.
~ 4. Para se candidatar a este cargo, na lastimável situação em que o país se encontra mergulhado, é preciso ter um bom projeto arquitetado, ter em mente personalidades que queiram arriscar o seu prestígio ao seu lado, numa luta muito difícil a realizar-- não por ele, mas por uma equipa. Em suma, exige tempo de amadurecimento de ideias e planos.
~ Não há guerras internas no partido, há, pura e simplesmente, uma saudável sucessão de liderança há muito desejada e ambicionada.
~ Ouvimos neste blogue muitas críticas a JS, então o que pretendiam?!
Seguramente um bombo seguro para malhar.
~ É meritório afirmar que AC sabe ser diplomático quando lida com um desconhecido, no entanto, já provou que pode ser áspero quando necessário.
~ ~ ~ Uma noite revigorante, Pedro. ~ ~ ~
~ ~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~ ~
Majo,
EliminarRespeito todas as opiniões.
Mesmo não concordando com as mesmas.
Não consigo ver em António Costa, nestas circunstâncias, um homem com sentido de Estado.
Insisto, a imagem que passa, é a de alguém que, com frieza, esperou pelo momento exacto para atacar o partido, que já o tinha chamado várias vezes, e atacar o próprio líder.
Não vejo em António José Seguro um líder forte, com carisma.
Mas, com esta atitude, António Costa desbaratou boa parte do capital de popularidade que tinha.
Até dentro do partido.
Sim, tenho amigos militantes do PS que não gostaram nada deste timing de António Costa também.
Lutas partidárias nunca me atraíram, Majo.
Bem pelo contrário.
E não consigo perceber para que servem para além de satisfazerem projectos a ambições pessoais ou de grupo.
Beijinhos
Viva!
ResponderEliminarHoje tive um tempinho extra, para poder ler e comentar como deve de ser.
Normalmente uso o G+1 para marcar presença, mas nem sempre me satisfaz e que aqui parece nem ser opção.
É um privilégio ler escritos bons, e eu vou tentar ser mais presente.
Este texto é acertadíssimo !
Abraços e beijos. D
http://acontarvindodoceu.blogspot.pt
M D Roque,
EliminarAgradeço a sua presença e o seu comentário.
E prometo uma visita ao seu espaço amanhã.
Esteja à vontade, comente, exprima as suas opiniões.
Abreijos
Seguro entrincheirou-se com as suas tropas e, por isso, sente-se mais protegido. É essa a razão da sua "coragem".
ResponderEliminarSeja qual for a razão, a verdade é que, desta vez, mostrou uma firmeza que lhe faltou noutras ocasiões.
EliminarVamos esperar pelos próximos capítulos desta novela.
Cheira a poder para os lados do Rato. Daí que todos querem ter as costas seguras.
ResponderEliminarKruzes Kanhoto,
EliminarSe o PS continua a discutir lideranças, e vai deixando Passos Coelho e Portas à solta, o cheiro a poder pode começar a ficar menos intenso.
Já reparou que fácil é dizer que o PS não tem credibilidade como alternativa de governação quando, mesmo em cenário de vitória eleitoral, se distrai a discutir disputas internas em vez de apresentar soluções de governação?
De certeza, vamos ouvir esse argumento muito proximamente.
Todos a pensar nos tachos!
ResponderEliminarCoitado do Seguro... mesmo seguro vê-se com o navio encalhado sem honra nem glória, ele, que andou anos a fio a percorrer as paróquias a distribuir alvarás e a recolher as esmolas. E depois de 3 anos a correr atrás dum coelho, sem geito para o caçar, fecha-se na casamata à espera que lhe chegue um mail salvífico.
ResponderEliminarEstou curioso para ver o que nos reserva o futuro dentro do PS.
EliminarPortugal precisa de um PS forte, credível, Agostinho.
Não sou militante socialista, sou ferozmente independente, mas quero que exista um PS forte em Portugal
Porque é bom para o Pais