Se baterem leve, levemente....
Ainda a discussão em torno da questão da qualificação do crime de violência doméstica como crime público na ordem do dia.
Desta vez com uma novidade - os actos de violência continuada conduzirão à qualificação do crime como crime público.
O que serão então actos de violência continuada?
Se bem percebo, e não é fácil perceber bem, uns murros este mês, uns pontapés no mês que vem, umas cabeçadas no mês seguinte, até serão toleráveis, não poderão ser considerados como ameaça à harmonia familiar e é no seio desta que devem ser resolvidos.
Se for tudo ao mesmo tempo, ou em espaço de tempo muito curto, então sim já é de pensar na intervenção da autoridade pública mesmo quando esta não seja solicitada.
Esta é uma daquelas situações que me fazem sentir simultaneamente triste, revoltado e envergonhado com a mentalidade ainda reinante nos sectores dominantes em Macau.
Que exemplos de vida, de conduta, estamos a passar aos nossos filhos?
E que cidade estamos a construir para o futuro?
Uma cidade onde a violência é aceite desde que seja pontual e fique guardada dentro de casa?
Os que hoje defendem estas ideias, absurdas e abjectas, já pensaram que podem vir a ser vítimas das mesmas no futuro?
Se outros argumentos não são suficientes para os fazer aceitar a necessidade absoluta de qualificar o crime de violência doméstica como crime público, pensem nisso antes de aprovarem a lei.
Bravo, exactamente o que pesno sobre o assunto.
ResponderEliminarVoltamos ao conceito de "violência aceitável". Que mentalidade...
É isso mesmo, mor - violência aceitável.
EliminarMas agora com outra denominação e outra racionalidade (????) - aceita-se se for espaçada no tempo.
Revoltante!!
Gostava de saber como se prova... "Senhor agente eu ouvi a minha vizinha gritar durante 3 dias por Socorro..."
EliminarDeve ser algo do género, mor :)))
EliminarEsses energúmenos não percebem que é mosca que lhes pode cair no prato. E que até à sua terceira geração, poderá magoá-los mais do que à vitima?!
ResponderEliminarOu será que eles ainda batem nos filhos/as?!
Que atraso de vida!
~ ~ ~ B e i j i n h o s. ~ ~ ~
Triste e revoltante, Majo.
EliminarAté me parece mentira :(
Beijinhos
Estimado Amigo Pedro Coimbra,
ResponderEliminarJá dizia o grande Adé, Macau Sã assim!...
Abraço amigo
Mas não precisava de ser, Amigo Cambeta.
EliminarMuito triste :(
Aquele abraço!
Sinais da cultura do soco, do tabefe, do grito, do terror, Pedro, e mais não comento porque me repugna esta temática abjecta!
ResponderEliminarAbraço, caro amigo!
Sobretudo sinais da cultura de não meter o bedelho na casa do vizinho, Ricardo.
EliminarNormalmente, quem assim pensa, tem esqueletos no armário e a consciência muito pesada.
Aquele abraço!
A violência doméstica, continuada ou não, sempre será um crime, em minha opinião.
ResponderEliminarBoa semana.
A questão é ser crime público, Luz, isto é, não estar dependente de queixa.
EliminarBoa semana
Violência doméstica tem escalões?
ResponderEliminarNão vou nisso. Por detrás de uma agressão existe uma intenção. Que não configura, de todo, se a agressão vai dar em homicídio ou numa 'simples nódoa negra'.
É, do meu ponto de vista, conveniente e sensato, julgar-se a intenção. Depois, a coisa será tratada consoante a consequência.
Aquele abraço, Pedro.
Para as consequências já estão previstos outros crimes, António.
EliminarMoquenca está agora em causa é que a violência doméstica, nas suas diferentes tipologias, tem que ser um crime público.
Aquele abraço
Não sei se este problema está presente na sociedade chinesa. Os portugueses poderão ter dado contribuições inspiradoras para o processo legislativo que refere. Por cá havia e há "verdades" difíceis de dissolver: "só se perdem as (pancadas) que caem no chão", "quanto mais me bates mais gosto de ti", "até lhe fazem bem para esticar a pele" ...
ResponderEliminarAgostinho,
EliminarA cultura legal portuguesa, a cultura penal, é o oposto disto.
Isto é mesmo cultural (????)
Tem tudo a ver com a maneira de pensar chinesa.
Não vê o que acontece nas relações internacionais?
Assuntos internos.
É assim em tudo.
A violência doméstica continua em alta neste país de brandos costumes, onde no ano passado, foram assassinadas 36 mulheres...
ResponderEliminarA crise veio agravar este quadro preocupante, em todo o caso as autoridades já não assobiam para o lado quando recebem queixas!
Uma situação abjecta em qualquer parte, Rosa dos Ventos.
EliminarImagine o que será quando as vítimas ficam assim entregues as impróprias, ao seu triste destino.
Não sei se é impressão minha ou se se dá hoje em dia mais publicidade a estes casos de vítimas de maus tratos, de parte a parte ! Curioso é que, embora com predominância masculina, já se vão constatando, com certa intensidade, pelo sexo feminino ! ... O que é facto, é que, mais que nunca se ouve falar em novos casos, quase diariamente ! :(((
ResponderEliminarPor cá, já considerado crime público, depara-se-nos ainda uma questão : há casos em que o vizinho os denuncia, mas o "elemento mais fraco" nega-o, provavelmente com medo de ainda maior repressão ou por falta de meios de subsistência ! :(((
Um problema de muito difícil solução ! :((( ... mas a que há que pôr cobro ! :((
Abraço, Pedro !
.
Rui,
EliminarSe mesmo com crime público a vítima se sente constrangida, imagine o que acontecerá na situação oposta.
Sente-se desesperada e abandonada.
Revoltante!
Aquele abraço
Caro Amigo Pedro Coimbra!
ResponderEliminarAqui temos uma Lei, promulgada na década passada, que passou a ser conhecida com Lei Maria da Penha, que penaliza os troglodistas, que têm a audácia de achar que são o "sexo forte", todavia, apesar das penalidades previsas em preceitos legais, as agressões e homicídios continuam...
Caloroso abraço! Saudações inconformadas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento
Amigo João Paulo de Oliveira,
EliminarAs leis não fazem automaticamente parar a violência.
Previnem e punem.
Quando não há lei, é a selva, o salve-se quem puder.
Grande abraço!
há mundos que parecem estar parados na época medieval...
ResponderEliminarTétisq,
EliminarSai-se à rua e é tudo muito moderno.
Os grandes casinos, máquinas de fazer dinheiro, os grandes hotéis, os novos prédios.
Mas, dentro de portas, a mentalidade é retrógrada, obsoleta.
Cá já é crime público e denunciado não fica nenhum registo nas autoridades...porque ainda existe muito o velho lema que o que se passa "entre 4 paredes não nos devemos meter" e que os criminosos fiquem a saber quem apresentou queixa.
ResponderEliminarTambém há muita, mas muita violência psicológica - a menos visível mas tão mais sofrida - e não há estatísticas, mas a maioria são praticadas por mulheres que levam os homens aos extremos, pena é que no homem ainda exista igualmente "a vergonha" de denunciar. Mas infelizmente o nº é mais sobre as mulheres e filhos.
Actualmente é assustador o aumento de violência doméstica sobre os idosos para lhes gamarem o pouco ou muito que têm e ou matá-los para ficarem com a pensão. Já não é só em lares...
E o aumento brutal de crianças violadas...
TUDO UM HORROR e um gajo que abusou da filha e a engravidou e levou 10 anos?????? só?...oxalá que os futuros companheiros da prisão lhe façam a folha!!!!!!
Possas...mundo cão!
A violência doméstica, sendo um fenómeno cujas vítimas são maioritariamente mulheres, não é exclusivo das mulheres, Fatyly.
EliminarTinha ouvido essa notícias de puro HORROR - os assaltos a idosos, maioritariamente por familiares, e a violação animalesca da criança.
Se o ambiente nas prisões ainda é semelhante ao que era quando eu era advogado, pode ficar tranquila que esse verme vai ser tratado da forma que merece.
Também já cá tivemos um juiz que afirmou em tribunal que isso de um par de estalos não era violência domèstica. Cá para mim, quem precisava de levar o dito par era ele! :P
ResponderEliminarBeijocas
Esse juiz não merecia um para de estalos, Teté - merecia ser passado a ferro por um tractor!
EliminarBeijocas