Motivational sports speech ou discurso regionalista?


Quem me conhece, ou acompanha este blogue, sabe que sou fã de André Villas-Boas.
É um líder, um excelente estratega, um estudioso obsessivo do fenómeno futebol, dos seus jogadores, dos adversários, dos aspectos externos ao jogo.
Tem um discurso escorreito, concreto, que foge às habituais banalidades e ao discurso redondo da maioria dos treinadores.
Mas há um aspecto na sua personalidade, e no seu discurso, que me desgosta.
Profundamente.
Que começo até a achar irritante.
A constante referência aos incidentes da época passada no Estádio da Luz.
O famoso "caso do túnel da Luz".
Não há conferência de imprensa a anteceder um jogo da Liga na qual André Villas-Boas não fale no "túnel".
Aconteceu ontem outra vez (ver aqui http://www.ojogo.pt/26-317/artigo896156.asp).
Será que este martelar constante no mesmo assunto constitui o que se designa por "motivational sports speech"?
Talvez seja.
Confesso que, a mim, soa-me apenas a um discurso regionalista, bairrista.
Totalmente descabido.
Inclusivamente, afigura-se-me como uma tentativa infantil de agradar a alguns sectores mais trauliteiros que existem dentro do clube.
Lanço daqui o repto ao André Villas-Boas - que tal abandonar essa retórica tonta de uma vez por todas?
Que até é duplamente idiota.
No presente, porque não faz qualquer sentido, é pueril, infantilóide.
No futuro, porque é, no mínimo, uma atitude pouco inteligente.
André Villas-Boas não vai ser eternamente treinador do Porto.
Como tal, não lhe convém nada ligar demasiado a sua imagem à imagem de treinador do Porto.
E é isso mesmo que está a promover com estas atitudes e este discurso.

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