Benfica trucidado por um Porto excepcional! Braga bateu no fundo. Real Madrid e Barcelona continuam duelo de titãs

O Porto de Villas-Boas é excepcional!
Se dúvidas houvesse, ontem teriam ficado dissipadas.
A goleada (5-0) no jogo com o Benfica e, acima de tudo, a exibição, a forma como a equipa joga, a alegria, o salto qualitativo, individual e colectivo, em relação à época passada são impressionantes.
E não podem ser dissociadas do trabalho de André Villas-Boas.
Se Bobby Robson e José Mourinho podem ser considerados os gurus do jovem treinador do Porto, a realidade diz-nos que Villas-Boas está a conseguir melhores resultados e a gerar mais entusiasmo que os seus mentores.
Impressionante!
 O jogo de ontem, o 17º oficial esta época, e a 15ª vitória!!, mostrou um Porto que massacra os adversários.
Com uma defesa muito segura (onde estava este Sapunaru? Quem se lembra de Bruno Alves?), um meio campo excelente, onde pontificam um garoto que é uma mistura de um sempre-em-pé com o coelhinho da Duracell (João Moutinho, claro!) e um samurai de metro e sessenta (onde estava este Belluschi?), o Porto tem ainda um trio atacante soberbo.
Do melhor que há na Europa.
Varela é um menino cheio de confiança, humilde, que se esforça, que tem uma técnica apurada, que vai para cima dos adversários sem medo, que marca golos (já leva seis).
Falcao é o melhor ponta-de-lança que o Porto teve desde Jardel.
O colombiano não pára um momento, é dotado de uma técnica apurada, finaliza bem com os dois pés, de cabeça, sabe jogar sem bola, abrir espaços, marcar golos (também já leva seis).
Finalmente, há esse fenómeno que se chama Hulk.
O Givanildo é um rapaz humilde, discreto.
O Hulk é terrível!!
Parte os rins aos adversários, massacra-os, tem uma força e uma potência musculares invulgares, um pontapé mortífero, mudanças de direcção e de velocidade desconcertantes.
E marca muitos golos (10 em 10 jornadas).
Para além dos que dá a marcar.
Se este Hulk não cabe na selecção brasileira, estou curioso para ver a equipa que Mano Menezes está a criar.
O Hulk que assustou Jorge Jesus e o "obrigou" a errar.
Ao colocar David Luiz na lateral esquerda e Sidnei no meio, Jorge Jesus abriu dois enormes buracos, precisamente no meio (onde faltava David Luiz e sobravam dois jogadores pesados e sem mobilidade) e à esquerda (onde David Luiz não se sente bem e onde não estava Fábio Coentrão).
Buracos que aquele trio terrível não perdoou.
Mais do que este erro, fico cada vez mais com a sensação que Jorge Jesus anda à procura de um clone de Di Maria.

Que não existe.
Di Maria há aquele.
Não há mais nenhum.
Por isso é que o Mourinho pagou aquela pipa de massa (até podia ser mais…) e ele é um dos indiscutíveis num excelente Real Madrid.
Pior ainda, na minha opinião, foi não se ter acautelado a saída, mais do que previsível, do puto Ramires.
Ficaram ali mais dois buracos.
Que Jorge Jesus não soube tapar.
E que tem vindo a tentar remendar.
Juntem-se os buracos e os remendos do Benfica, e o momento fantástico do Porto, e está dada a receita para a goleada de ontem.
O campeonato ainda não está decidido.
Estamos só na 10ª jornada.
Mas 10 pontos de diferença em dez jogos é muito.
Sobretudo quando, cada vez mais, dá a sensação que o Porto está a fazer um campeonato no qual, acima de tudo, joga contra os seus próprios limites.
Que ainda não se percebe muito bem quais são.
O que já se percebeu bem é que os limites do Braga já foram ultrapassados.
A manta é curta.
A derrota caseira com o Beira-Mar (3-2) não só afasta os minhotos do título, coloca-os agora numa luta complicada para garantir uma prova europeia.
Ter de começar a prova muito cedo, envolvido em várias frentes, com outro grau de exigência dos adeptos, revelou-se demasiado para um Braga muito bom para consumo interno.
E, mesmo aí, só quando os outros estão distraídos.
Chegou o momento de os responsáveis do Braga definirem metas.
Se querem fazer uma boa prova na Liga, têm que esquecer a Liga dos Campeões e, inclusivamente, deixar em segundo plano a Liga Europa.
Para além da Taça e da Taça da Liga.
Se quiserem atender a todas estas solicitações, têm de ir às compras no Natal.
Quem não precisa de ir às compras são os colossos espanhóis.
O Real Madrid ganhou o dérbi da capital (2-0) com um golo de Ricardo Carvalho.
O Barcelona ganhou fora ao Getafe (3-1) com Messi a marcar um golo e a participar nos outros dois.
Alguém se atreve a apostar no futuro campeão espanhol?
51/49 para o Real Madrid.
É a minha aposta (factor Mourinho para desiquilibrar!).

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