Coragem e consciência cívica

Confesso que tenho seguido com algum distanciamento o presente Mundial de Futebol.

A realização da prova nos moldes em que está a decorrer, com todas as trapalhadas no antes e todas as proibições no durante, afasta-me, ainda que inconscientemente, da vivência que era normal nestes períodos.

Mas há um aspecto que capta a minha atenção – o exemplo de coragem e de consciência cívica que os jogadores têm demonstrado.

Estes jogadores, ídolos de multidões, não se coíbem de afrontar a tirania dos regimes autocráticos que governam os seus países e da putrefacta FIFA.

Sabendo que se expõem a grandes riscos, pessoais e familiares, os bravos atletas encontram sempre novos meios de protesto, diferentes formas de demonstrar o seu descontentamento e a sua revolta.

Saúdo a coragem que exibem, o exemplo de consciência cívica em que se tornaram.

Nessa vertente são já todos grandes vencedores.

E a vendida FIFA, com Infantino à cabeça, uma clara derrotada.

A propósito de vencedores, a Selecção Nacional está apurada para os oitavos de final da prova.

Dois jogos, duas vitórias, segurança, bom ambiente, boa disposição.

Vamos lá cambada!