As férias e o cartão de visita de Macau
As férias correram, felizmente, muito bem.
Como sempre, souberam a pouco.
1
A aventura começou em Munique.
Uma cidade multicultural, muito bonita, muito limpa, muito ordenada, mas sem nunca ser opressiva, muito menos repressiva (ao contrário do que se sente, por exemplo, em Singapura).
Cinco dias que passaram muito depressa e que deixaram muito boas memórias.
Ao terceiro dia, uma saltada a Salzburgo.
Um só dia, para fazer o circuito do filme Música no Coração (The Sound of Music) e que deixou uma forte vontade de voltar tal a beleza da paisagem que se contempla.
Com mais tempo, com mais disponibilidade, com mais atenção, definitivamente queremos voltar.
Seguiu-se Barcelona.
Cidade lindíssima, cheia de vida, vibrante, alegre, jovem, com uma arquitectura fenomenal e monumentos fascinantes.
La Sagrada Familia, então, é absolutamente deslumbrante.
Se há crise em Espanha, decididamente ainda não chegou a Barcelona.
Cinco dias que também passaram muito depressa e que deixaram vontade de repetir a visita.
Onde verdadeiramente senti a tão afamada crise foi em Coimbra.
Ver a Baixa da cidade com dezenas de lojas do chamado comércio tradicional fechadas, abandonadas, com as montras cobertas por cartão e jornais, mortas, as ruas quase desérticas, provoca um aperto na garganta, faz doer o coração.
O mesmo que senti na Figueira.
A rua do Casino, o Picadeiro, numa tarde ventosa de domingo, com tão pouca gente?
Onde é que estão a minha Baixa de Coimbra e a minha Figueira?
Quem as roubou?
Devolvam-mas se faz favor!!
De Portugal regressei com um sentimento misto.
Foi muito bom rever família e amigos, o sol, a luz, os lugares que já não visitava há muito tempo.
É essencial para o meu equilíbrio psicológico e emocional.
Mas não gostei nada de muitas coisas que vi e ouvi nos dez dias que lá estive.
Desde logo, o País anda obcecado com dois temas - a crise económica e a licenciatura do ministro Miguel Relvas.
Nas televisões, nos jornais, na rua, não se fala de mais nada.
A crise económica, que os portugueses sentem no seu dia a dia, é encarada numa perspectiva negativista, fatalista.
Só por uma vez, numa edição do programa Prós e Contras, vi uma abordagem positiva do tema, focada nos sinais, por ténues que sejam, de recuperação que se podem vislumbrar.
A licenciatura do ministro é um tema que já provoca náuseas.
Fala-se, fala-se, fala-se muito.
Resultados práticos?
O Reitor da Universidade pediu a demissão do cargo.
Vamos ficar por aqui?
Não me lixem!
Menos paleio e mais medidas concretas, por favor.
Verdadeiramente deprimentes são os panoramas político e televisivo.
No que se refere ao primeiro, um governo que toma medidas terríveis para a população, que se vê envolvido na trapalhada Relvas, consegue que os dois partidos que formam a coligação não desçam nas intenções de voto, nas sondagens.
Porquê?
Simplesmente porque não há oposição.
O PS, com um líder fraco, sem carisma, ainda não percebeu quando deve ser oposição e quando deve auxiliar no esforço de consolidação orçamental.
Muito menos se mostra minimamente como alternativa de poder.
O PCP continua a debitar o mesmo discurso sem sentido que debita há décadas, da mesma cartilha gasta, recusa-se a perceber que o País mudou, que o Mundo mudou.
O Bloco continua atarefado com "causas" que, em bom rigor, sobretudo quando as pessoas passam por dificuldades tão concretas e tão graves, parecem apenas interessar aos seus militantes.
E o PSD e o CDS, sem serem brilhantes, longe disso, vão mantendo uma imagem de credibilidade e rigor que os outros partidos não conseguem contestar ou beliscar.
Deprimente.
Verdadeiramente deprimente também é o panorama televisivo.
No período da manhã, e no horário nobre, a concorrência entre os vários canais gerou uma série de produtos o mais pimba que se possa imaginar.
Mas que contam com grandes audiências.
Muito semelhante, a concorrência a nível noticioso.
Quando se ouve uma jornalista(?) dizer que "Paco Bandeira foi condenado a três anos de prisão suspensa" (o que é que será prisão suspensa??) dá vontade de perguntar que raio de gente é esta que nem copiar o teor de uma sentença é capaz.
Os portugueses estão a habituar-se a um novo paradigma, a uma nova forma de vida, a viver com menos luxo e menos dinheiro.
E está, como seria de esperar, a ser muito complicado.
A criminalidade cresce, a insegurança, no presente e no futuro, também.
Melhores dias virão, estou plenamente convencido disso.
2
De regresso a Macau, uma desagradável surpresa - um voo de longo curso, da Lufthansa, sem entretenimento a bordo.
Doze horas num avião sem entretenimento a bordo?
Já não me lembrava da última vez que me aconteceu algo semelhante.
Algo surpreendente também (será?) o jetfoil em que viajámos.
Enquanto passava em vídeo imagens do fausto e da opulência ligados à jogatina, tinha uma fila, junto à janela, interdita aos passageiros, protegida por cordas, porque caía ali água como se estivesse a chover torrencialmente.
Chegada a Macau e a habitual imundice quando se sai do barco.
Essa já não surpreende.
Como não surpreende, infelizmente, o serviço patético, arcaico, de transporte de bagagens no Terminal Marítimo do Porto Exterior.
Para continuar na imundice, seguem-se as instalações sanitárias do Terminal Marítimo do Porto Exterior e quem as frequenta.
E, para não fugir à regra, os táxis.
As malas do veículo acumulam tanta porcaria que as bagagens não têm lugar para serem guardadas.
E vão penduradas por cordas, metade na mala do veículo, metade de fora.
Veículo que está decrépito, sujo, roto, remendado com fita cola, que é conduzido por um tipo feio, porco e mal educado que dizem ser taxista.
Inevitável perguntar - é este o cartão de visita da cidade que se diz que será um centro internacional de lazer e de jogo??!!
Boa merda, digo eu!
Estimado Amigo Pedro Coimbra,
ResponderEliminarEm primeiro lugar bemvindo a Macau.
Eu igualmente regressei a Macau dia 21 após 15 dias no país que mas adoro no mundo, a Tailândia.
Portugal já nada me diz, aqui sempre fui considerado português de 3a. classe como tal já não ligo nada à política.
Fiquei contente em saber que adoro locais que visitou na Alemanhã e de Barcelona, locais que já conheço e não surpeendido fiquei pelo no que diz respeito à sua amada Coimbra e Figueira da Foz, bem como o tratamento a bordo do avião da Lufthansa, e do jetfooil bem como a chavardice do Terminal marítimo de Macau bem como dos táxis.
Eu felizmente tive mais sorte sai de Macau e regressei a Macau, usei a companhia aérea Thai Smile e adorei, à chegada tinha meu filho me esperando pois táxis para mim em Macau já não funcionavam faz muitos anos.
Um abraço amigo
Amigo Cambeta,
ResponderEliminarUma tristeza o que vi em Coimbra e o que vi em Macau.
De maneiras diferentes, parte-nos o coração.
Mas, se em Coimbra (Portugal) não há dinheiro, aqui há rios de dinheiro.
Porque é que continua a porcaria?
Da Alemanha já conhecia Frankfurt.
Agora Munique.
Gostei muito.
Barcelona é fenomenal.
Sobretudo com o lifting que fizeram quando organizaram os Jogos Olímpicos, ficou uma maravilha.
Da sua Tailândia também gosto.
E já lá não vou há muito tempo.
Quem sabe se não irei passar por lá uns dias em Dezembro....
Aquele abraço
As minhas cordiais saudações.
ResponderEliminarDepois de ler o que o Pedro nos relata, percebem-se claramente as diferenças existentes num mesmo mundo.
Um passeio de onde se pode extrair um balanço positivo.
Portugal está mal? Está, mas não tem apenas a ver com a chamada crise.
Espanha está com a crise entre mãos? Está, mas como compreender o que de bom existe numa das suas principais cidades?
A porcaria em Macau? Os filmes não enganam.
Seja o Pedro e a família bem regressados.
Um abraço
Caro Pedro Coimbra
ResponderEliminarBem vindo!
Habitualmente às Segundas Feiras o meu caro para além do futebol tinha sempre umas anedotas que ajudavam a começar a semana duma forma menos deprimida.
Infelizmente concordo com a análise que faz do nosso País, antes não concordasse.
Um grande abraço
Rodrigo
Nota: por razões anímicas e falta de tempo, ando um bocado afastado da bloga. Pode ser que passe.
António,
ResponderEliminarGostei muito da viagem.
E fiquei com vontade de repetir alguns locais.
Confesso, no entanto, que fiquei chocado com o que vi em Coimbra e na Figueira.
Tão tristes que estão e tão alegres que eram.
Mas fez-me tão bem ir a Portugal, António.
Mesmo com todos os defeitos, limpa a alma.
Não consigo perceber como é que, com tanta dinheiro, Macau se permite ter esta imundice toda.
O que é que os responsáveis governamentais andam a fazer?
Revolta!!
Aquele abraço
Rodrigo,
Vamos lá a levantar esse astral!
Como já referi, fiquei muito triste com o que vi em Coimbra e na Figueira.
E ficava deprimido sempre que olhava para a televisão.
De que é que adianta anadar sempre a falar na crise (as pessoas sentem-na, porra!!) e na porcaria da licenciatura do Relvas (ou é processado, ou é melhor estarem calados)?
As pessoas precisam de ânimo não é de mais porcaria e de mais depressão.
Um grande abraço!!
Caro confrade Pedro Coimbra!
ResponderEliminarEspero que as merecidas férias o tenha deixado vigoroso para continuar desempenhando o rol de atribuições e atribulações atinentes ao importante cargo jurídico que ocupa!!!!
Folgo saber que terei novamente a prerrogativa de vê-lo embarcar no vagão do Expresso do Oriente, sob meu comando, e mais ainda com os costumeiros registros no livro de bordo!!!
Recomendo que você acesse a Rádio Cultura FM, no endereço eletrônico que disponibilizei na publicação de ontem!!!!
Fico muito triste com a crise econômica no reino distante além-mar, que deixa seus patrícios com o sentimento de menos valia... Não vejo a hora que esta perniciosa situação cesse!!!!!
Caloroso abraço! Saudações esperançosas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Pois é, Pedro foi pena não podermos tomar um café.Também andei numa roda viva. Compreendo bem.
ResponderEliminarConcordo totalmente com o que diz, roubaram um pouco de Coimbra e da Figueira da Foz. Mas não perco a esperança. O que enuncia da política portuguesa é verdadeiramente deprimente e concordo com tudo.
Desejo que a família tenha gostado. esteve cá nas Festas da Rainha Santa?
Beijinho. :)
Pedro
ResponderEliminarBem vindo!
É bom saber que as suas férias foram boas!
O Pedro pede de volta a sua "Coimbra e Figueira", pois é Pedro, não são elas apenas, antes fossem, dói imenso, é uma tristeza quando passamos por lugares que tinhamos gosto frequentar e estamos a ve-los morrerem lentamente e, infelizmente está sendo um pouco por todo o País.
Boa semana
Beijinho e uma flor
Antes de mais, bom regresso ao seu poiso, que é a minha terra natal. Agora é aguardar mais um tempinho até às próximas férias grandes, né?
ResponderEliminarEngraçado o paralelo que fez entre Munique e Singapura. Munique não conheço, mas já estive em Singapura... e digam o que quiserem, trata-se dum país, que na verdade é uma cidade-Estado, muito desenvolvido, organizado, limpo e seguro. As leis pesadas contribuem para que assim seja e lá só uma pessoa que não sabe ser civilizada é que não consegue (sobre)viver.
Não há crise em Barcelona? O amigo não sabe que a Catalunha é precisamente a região espanhola com maior dívida externa? E depois ainda quer mais de 50% da população catalã a independência... só se for para se tornar no mais novo país (in)dependente!
Se tivesses posses, também gostaria de conhecer Áustria. Salzburgo não sei como é, mas sei que Viena é lindíssima.
De Portugal está tudo dito. Sabe bem que Coimbra perde muita da sua população durante as férias académicas. Ou então é porque muita gente de lá emigrou como você. Afinal de contas, as coisas por cá não estão nada fáceis. Mas eu ainda por cá permaneço, com esperança da qual você também partilha... pois, se é para darmos o nosso contributo para ajudar o país, não é certamente emigrando que o fazemos, se bem que se as coisas continuarem más por cá, talvez, prevejo eu, daqui a uns 4/5 anos poderei estar de regresso a Macau...
Qual foi o stress que houve agora em relação aos sinais de tufão? Estou a ver que em Macau também acontecem coisas engraçadas...
Um abraço, amigo!
Bom dia
ResponderEliminar«Nada de novo a oeste» Era o titulo de um filme se não estou enganado. Isto foi o que me lembrou ao ler o teu rol de queixas e referências negativas nesta passagem por terras de lusa gente.
Um artigo muito bem feito. Um olhar a realidade das nossas cidades e das nossas gentes embebedadas com a comunicação social.
Todos os governos pagam grandes ordenados aqueles pivots para que façam grelhas e noticiários que os defendam e que escondam os verdadeiros problemas.
O principal nós todos o conhecemos - compadrio e cumplicidade - desviar as atenções daquilo que é importante. Com cenas tristes e vergonhosas vão ocupando os noticiários e assim se passam os dias e os meses e eles vão aguentando a cadeira do poder e dos interesses partidários.
A miséria e a fome batem à porta de muitos portugueses que já nada têm. Até o sonho de dias melhores lhe conseguiram roubar.
A justiça foi amordaçada.
A saúde foi vendida.
O ensino foi hipotecado
A nossa soberania foi troca de milhões....
Não digo mais, senão tenho a polícia a bater-me à porta....
Caro Prof. João Paulo de Oliveira,
ResponderEliminarVou ouvir a emissora que me recomenda e depois digo-lhe o que achei (certamente vou gostar).
Gostei muito das férias mas confesso que fiquei muito triste com o que vi em Portugal.
Sobretudo (estou a ser egoísta) em dois locais que fazem parte da minha vida, da minha essência enquanto pessoa.
Mantenho a esperança que seja uma fase apenas.
Um grande abraço!!
ana,
Cheguei a Coimbra depois das festas (por esses dias estava em Barcelona).
Fui ver o Convento de Santa Clara a Velha e adorei.
Está lindo!!
E a cidade, vista daquele pequeno pssadiço junto à Sala dos Capelos, continua linda também.
As minhas filhas (a minha mulher já tinha visto) ficaram apaixonadas.
Mas custa tanto ver a Baixa assim abandonada, ana!
Mesma coisa na Figueira.
A Marina está muito bonita.
A cidade ficou feia, desértica, a praia onde costumava estar com os amigos (chegávamos e ser mais de 40!!), junto à Tamargueira, está uma coisa tão minúscula que já nem para nós dava.
De políticas, e politiqueiros, fiquei farto, ana.
E de lixo televisivo também.
Que pobreza!!
Beijinho
Adélia,
Falei de Coimbra e da Figueira porque foi o que vi melhor e porque me são muito, muito, queridas.
Mas continuo a dizer, e a acreditar, que é uma fase má (muito má) que vai passar.
Tem que ser assim!!
Mas esses lugares que nos diziam muito estão mesmo mortos, Adélia.
Já não voltam.
E isso dói mesmo.
Beijinho
FireHead,
Gostei das férias.
Mas estava com uma vontade terrível de voltar ao lar.
Que, definitivamente, é aqui.
Singapura conheço relativamente bem, FireHead.
Já lá estive várias vezes.
Em turismo e por motivos profissionais.
E gosto muito da cidade.
Mas é algo opressora.
Munique, com muita ordem, limpeza, não o é.
Eu sei tudo o que refere acerca da Catalunha.
Mas experimente ir a Barcelona e vai perceber o que quero dizer.
Se há crise, está bem escondida.
Há vida, movimento, consumo, alegria.
Adorei Barcelona!
Curioso referir Viena.
O projecto, depois de estar em Salzburgo (linda!!) é ficar um ano em Viena.
Daí ir ver melhor Salzburgo e ir também até Praga.
Quem sabe se não será daqui a um ano....
A partida dos estudantes, e de algumas pessoas como eu, não explica aquela morte do comércio tradicional e da Baixa, FireHead.
A crise económica e as grandes superfícies, sim.
Faz doer o coração.
Cá o espero dentro dos tais 4/5 anos.
Apesar de achar que Portugal vai sair desta crise.
E vai sair até mais forte.
Prepare-se para encontrar uma Macau totalmente diferente da que deixou, FireHead.
O tufão (Vicente) que chegou ao sinal 9 (10 em Hong Kong) foi muito complicado.
Espero deixar aqui umas imagens para ilustrar o que digo.
Aquele abraço, caro amigo!!
Luís,
O filme a que assistimos agora é muito, muito, triste.
E com personagens sem categoria.
Mas, repito, tenho esperança que seja apenas uma fase.
Aquele abraço!
Já estive em Barcelona, em Coimbra e na Figueira! Por isso só falhei as duas primeiras pequenas cidades referidas :)
ResponderEliminarTambém espero que isto por aqui melhore...
Se tiver oportunidade, visite Munique e Salzburgo.
ResponderEliminarSão lindas!
Fazer aquele tour do Sound of Music foi excelente.
Especialmente para as minhas filhas.
E abriu o apetite para ir ver Salzburgo com mais calma, com mais tempo e disponibilidade.
Portugal só pode melhorar, Gábi.
Vai demorar, mas vai acontecer.
Como compreendo bem a sua análise a Portugal, Pedro! Cheguei a Lisboa há pouco mais de 24 horas e já me sinto enjoado. Isto fede que tresanda! Muito pior que as instalações sanitárias do Terminal Marítimo de Macau...
ResponderEliminarJá quanto a Espanha ( conheço bem o país porque passo lá todos os anos pelo menos duas semanas), discordo um pouco. É certo que em Barcelona não se nota muito a crise, mas as manifs são diárias e o descontentamento das pessoas é enorme. Como nas restantes cidades por onde passei( Valência, Málaga, Granada, Sevilha e Madrid).
Em todas en contrei manifs mas, o pior, foi ter visto pedintes como já não via desde os anos 60/70. Alguns são imigrantes, é verdade, mas a maioria, espanhóis.
Mesmo a alegria esfusiante- que ainda ano passado era um bocado incompreensível, porque a Espanha estava em crise- parece andar um bocado arredada das pessoas. Os amigos espanhóis com quem estive em Barcelona e Madrid confirmaram-mo.
Finalmente, em toda a costa desde Barcelona a Málaga, as praias não têm o movimento habitual, apesar de estarmos em Julho. Fiz o percurso quase todo pela N- 340 e fiquei igualmente espantado com as centenas ( não estou a exagerar, são mesmo centenas) de prostitutas de estrada que encontrei. Há três ou quatro anos havia, sim, mas entre Barcelona e Valência terei encontrado no máximo duas dezenas delas.
Bem, era para fazer um comentário curto e acabaei por escrever um post- Peço desculpa!
Grande abraço