Ganhar na secretaria


A pouco e pouco começa a saber-se o que Putin apresentou a Trump na reunião no Alasca.
Putin, o invasor, o bruto, é também batoteiro.
Incapaz de tomar pela força o Donbass, rico em minerais e celeiro da União Soviética, estratégico no acesso ao Mar Negro, Putin tenta ganhar na secretaria o que não consegue na frente de batalha há mais de três anos.
Depois de ter sido retomada pelas forças ucranianas, num primeiro momento apanhadas de surpresa pelo invasor russo, a linha de defesa do Donbass foi fortificada e não mais foi ultrapassada pelo exército russo.
O que Putin levou a Trump foi a proposta de lhe ser entregue em bandeja dourada o Donbass.
Em troca de quê?
Em troca da garantia de abandono de algumas áreas ocupadas e de não haver mais avanços no terreno.
Ou seja, Putin propôs devolver o que não lhe pertence em troca de prometer não roubar mais nada no futuro.
Trump, solícito, sequioso de um Nobel que anseia e lhe foge, achou razoável e pediu abertura e cooperação a Zelensky.
A Constituição ucraniana e a opinião pública (75% desfavorável à cedência de qualquer território) são pouco ou nada importantes.

Comentários

  1. A exigir 6.600 km2 para retirar as tropas nos 440 km2 ocupados?

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    1. Exactamente, Catarina.
      Quem ainda lhe dá ouvidos e credibilidade é o grande culpado deste comportamento daquele bandido.

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  2. Acabar com a guerra por agora?
    Fácil: a Ucrânia renuncia às regiões de Donetsk e Luhansk; abandona o sonho de entrar na União Europeia.

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    1. Por agora.
      Bem observado, Teresa.
      Para-se por agora dando tudo ao invasor.
      Mesmo à revelia da Constituição ucraniana.
      Quando é que se vai perceber que não há diálogo possível com Putin?
      Ele anda a ter palco, a ganhar tempo e a gozar com qurm lhe dá ouvidos.

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  3. Se se tratasse de um jogo de xadrez, perguntava quem é capaz de dar o xeque mate.
    Abraço

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    1. Essa é a grande questão, António.
      Mas é essencial para haver um fim.
      Abraço

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  4. Não consigo entender uma guerra que "pára por agora". Uma guerra, esta, é preciso que pare. Ponto.

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    1. Só vai acabar quando um dos lados vencer, bea.
      Até lá só poderá haver um ou mais cessar-fogo.
      Mantenho a mesma opinião há três longos anos.

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  5. Putin é um ladrão ganancioso e falso que mata civis e Trump só quer palco e bajulação do seu ego que não passa de uma ratoeira e quem paga são os civis.
    Beijos e um abraço!


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    1. Trump está-se nas tintas para o que se passa na Ucrânia.
      Trump só se interessa pelo que o possa favorecer.
      Directa ou indirectamente, a curto ou a médio prazo.
      Beijos

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  6. Trump , como habitual, só se interessa por si : já parou "seis guerras" e está furioso com Putin e Zelensky porque nem um nem outro lhe permitiram "acabar a guerra em vinte e quatro horas" e ele quer o Nobel da Paz!

    As vítimas de ambos os lados, não importam.

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    1. As vítimas são o menos importante, São.
      Na Ucrânia, em Gaza, seja onde for.
      O importante é o ego da loira burra e o seu ansiado Nobel da Paz.

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  7. A Rússia ataca novamente inúmeras regiões da Ucrânia, incluindo Zaporizhja e Lviv. Ninguém realmente acredita que possa haver paz, caso a Ucrânia não aceite as condições de Wladimir Putin.

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    1. Isso não é paz, é capitulação, Teresa.
      E no dia em que isso acontecer é só o início do plano de reconstrução do império soviético que Putin alimenta.

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    2. Wladimir Putin exige o impossível, mas ainda é o vencedor do fim da guerra. A violência na Ucrânia está aumentar e a Europa não vai pará-la. Eu, pragmática, vejo a capitulação da Ucrânia no horizonte. E Zelensky a pedir asilo à Alemanha 🇩🇪

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  8. Até parece que estamos a assistir a um negocio de imobiliárias, em que o dono do terreno é o único que sai a perder!
    Abraço.

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