Segurança nacional
Quem vive na China ouve diariamente a expressão segurança nacional.
Mais que uma preocupação, um conceito, a segurança nacional é um desígnio do governo chinês.
Ouvir falar em segurança nacional, num raciocínio simples e imediatista, convoca a ideia de fortalecimento do exército e do armamento.
Se essa vertente é necessária, é apenas a means to an end.
A segurança nacional passa acima de tudo pela criação de um sentimento de pertença, de orgulho na Nação, de colocar a Pátria acima de qualquer outra variável da vida.
O que implica a existência de instituições de governação fortes, unidas num propósito, imunes a dissenções.
Estas garantias são as fraquezas que Putin e Trump apostam estar em falta na Europa.
Sendo a Europa, e a União Europeia em particular, um conjunto de nações, não uma nação, esse sentimento de pertença estaria desde logo ausente.
Restava então à Europa, e à União Europeia em particular, a criação de um desígnio comum e, em consequência, a criação de instituições fortes capazes de o concretizar.
Putin e Trump tudo têm feito para estilhaçar esse sentimento e essas instituições.
O documento de acção externa americana recentemente conhecido é bastante eloquente nesse propósito.
Aproveitando as liberdades próprias dos sistemas políticos de índole liberal na Europa, Putin e Trump infestam-nos com os seus cavalos de Tróia destinados a semear o caos.
Se é verdade que a Europa precisa de músculo, não é menos verdade que precisa de instituições fortes, imunes à interferência de forças externas.


Se a Ucrânia perder a guerra, Putin estará no nosso portão – é simples assim.
ResponderEliminarE não vai pedir licença para entrar, Teresa.
EliminarO derradeiro parágrafo diz tudo.
ResponderEliminarInfelizmente, a União Europeia é uma manta de retalhos mal alinhavada pela moeda única há muitissimo tempo...
Pessoalmente, considero o Elo Perdido mais perigoso ainda do que Putin.