Sobranceria pandémica

 
 

Viver com a pandemia não é nem pode ser sinónimo de atitude sobranceira perante a pandemia.

Europeus e americanos parece ainda não terem percebido o que devia ser óbvio.

Quando já se vive uma nova fase da pandemia, que se antevia e que foi objecto de repetidos avisos por parte da OMS, os casos que continuamente crescem só se podem explicar com uma atitude sobranceira.

Mesmo em sectores que tinham a obrigação de ser os mais previdentes.

A Selecção Nacional e Cristiano Ronaldo são só os mais flagrantes e recentes exemplos.

Como é que se explica que haja três casos detectados entre os seleccionados (até agora…), que a maior estrela seja um deles?

Como é que atletas que viajam livremente pela Europa, que deviam estar sujeitos a controlo diário, de repente descobrem que estão infectados?

Quantos elementos da equipa, equipa técnica e staff se seguirão?

E o jogo realizou-se mesmo assim apesar do risco de contágio que se afigurava inegável.

Curiosamente no mesmo dia em que Portugal entrava em estado de calamidade.

A UEFA goza de um estatuto superior às autoridades sanitárias??

Confesso a minha perplexidade perante este cenário e gostava de obter respostas fundamentadas para as minhas questões.

Ou será mesmo só sobranceria?