Vinte anos da Região Administrativa Especial de Macau


A Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) completa vinte anos na próxima sexta-feira.
Tempo de balanço?
O possível.
Foram vinte anos de grandes transformações, de grande dinâmica, de muitas adaptações.
E comecemos por aí – não faz qualquer sentido comparar o antes e o pós-1999.
São realidades políticas, económicas e sociais completamente diferentes.
São mundividências completamente diferentes, são mentalidades e valores completamente diferentes.
Faz lembrar o célebre pregão - “comparar a obra do Mestre e o mestre de obras". 
Querer ter o sossego e tranquilidade de 1999 com a variedade de oferta e o bem-estar económico de 2019 é uma utopia.
Já que estamos em maré de pregões, “querer ter o sol na eira e a chuva no couval”.
Melhor? Pior?
O maior de todos os balanços o mais relevante (o único relevante?) é o que cada um de nós faz da sua vida, do seu dia-a-dia.
Sinto-me confortável, seguro, feliz, nesta RAEM que agora chega aos “intes”.
E, se ralho com ela de vez em quando, é porque não me é indiferente, porque continuo a gostar muito dela.
Só ralho com quem amo, não com quem me é indiferente.
Aos "vintes" anos a RAEM ainda precisa de uns ralhetes, de uns raspanetes.
E eu prometo que vou estar aqui sempre disponível para isso.
De resto cumprindo fielmente a lógica de relacionamento paternal que Pequim tem seguido face à RAEM.

Comentários

  1. Sem dar por isso, já passaram vinte anos da minha visita a Macau !
    E pelas imagens que me vão chegando, a diferença é brutal em termos de arquitectura !

    Até já tem Metro ( que avariou logo no início...).
    Agora no SENTIR não me posso pronunciar, logicamente.
    Só desejo que todos se sintam aí bem.

    Um abraço amigo.

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    1. É inevitavelmente uma Macau muito diferente.
      Em tudo.
      A começar e acabar nas pessoas e mentalidades.
      Continuo a sentir-me bom por cá.
      É só isso que posso afirmar.
      Um abraço

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  2. E já lá vão vinte anos. Embora pareçam muitos, são minutos na história global dos países, (e da RAEM )
    Que tudo continue no bom caminho para bem dos habitantes.
    Abraço

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    1. Com os naturais sobressaltos tem corrido muito bem, Elvira.
      Abraço

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  3. Gostava muito de ir a Macau, mas o tamanho da viagem mete-me medo!

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    1. Come-se, dorme-se, vê-se um filme e já acabou, Tintinaine.

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  4. Se mudou para melhor do que estava. Nesse caso bem valeu apena ter mudado. Se o negócio prospera nesse pequeno território, com cerca de 30 km2, não será muito difícil de gerir?

    Continuação de boa semana caro amigo Pedro. Um abraço.

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    1. Devia ser ao contrário, amigo Eduardo.
      Tanto dinheiro num local tão pequeno devia ser fácil gerir.
      Aquele abraço

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  5. Estive ai em 1999, gostei do que vi e imagino que agora estará bem melhor em termos de organização, porque em termos paisagísticos, presumo que continua a ser um encanto.
    O importante é que se sinta feliz.

    Beijos Pedro

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    1. Vinte anos depois a paisagem alterou-se muito, Manu.
      Lembra-se daquela zona de lodo junto ao aeroporto que separava a Taipa de Coloane?
      Agora é uma nova cidade.
      Onde estão os grandes hotéis, os grandes resorts.
      É só um exemplo.
      Beijos

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  6. Obrigada amigo Pedro por estar sempre presente no meu espaço .

    Desejo-lhe o mesmo que desejo apara mim e para os meus neste Natal e próximo Ano Novo e que continue por muitos e bons anos a gostar de estar aí!

    beijinho grato

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    1. Com todas as mudanças continuo a gostar muito de aqui estar, Fê.
      Votos de um Santo Natal.
      Beijinho

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  7. Muito bom este post.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-caro.blogspot.com

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  8. Compreende-se a sua posição, a de um residente 'vintage'.
    Como bem diz, a RAEM precisa que fiquem de olho nela.
    Um abraço

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    1. Ficar de olho é bom.
      Andar a partir tudo, com os idiotas de Hong Kong, é inadmissível.
      Aquele abraço

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  9. Respostas
    1. Com a passagem de administração?
      Já estava preparado, Majo, não me custou muito.
      Beijinho

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  10. O Pedro acaba por ser, porventura, mais macaense do que "conimbricense-coimbrão". A memória fica mas o movimento avassalador do tempo empurra-nos para o futuro, nunca para o passado. Esse território tem passado mas sobretudo futuro. O passado contenta-se com o lugar que lhe é dado nas páginas da História e na memórias da gente.
    As maiores felicidades, caro Pedro Coimbra, pessoais, familiares, para todo o clã e amigos. Boas Festas natalícias.
    Voltei, sim Senhor, obrigado.

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    1. Esta terra adoptou-me e eu adoptei-a, Agostinho.
      A tal "Mátria".
      Tem defeitos?
      Claro.
      Mas suportam-se bem.
      Votos de Santo Natal.
      Abraço amigo

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  11. De momentos que se tenha mudado para melhor!?

    -
    Beijo e uma boa noite!

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    1. Isso tem que se ser cada um de nós a concluir, Cidália Ferreira.
      Beijo

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  12. É verdade que só se ralha com quem verdadeiramente nos interessa!
    Lembrei-me mais uma vez dos quadros do Carlos Farinha

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    1. Quem me é indiferente não me desperta qualquer interesse ou emoção, Boop.

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  13. O tempo voa!!!
    Lindo o teu texto, Pedro!
    Já estive em Macau e gostei e senti-me em casa. Imagino que agora esteja muito diferente...
    Meu amigo, só posso desejar que continues a ser feliz nesse bocadinho de terra que já foi nosso. Tu e os teus três amores!
    Beijo.

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