Pais, progenitores, óvulo e espermatozóide


Portugal está em choque perante a barbaridade dos recentes assassinatos de crianças cometidos por aqueles que supostamente as deviam proteger.
O choque, a repulsa, a revolta, fazem esquecer que, infelizmente, estes actos horripilantes se vêm repetindo ao longo do tempo.
Só nos últimos dez anos oito crianças de tenra idade viram aqueles que delas deviam cuidar transformar-se nos seus mais cruéis algozes em Portugal.
Não vou discutir as causas, não vou apontar as soluções, simplesmente porque não me sinto habilitado para tal.
Vou apenas deixar bem claro aquilo que em privado já várias vezes comentei.
Não consigo perceber como se podem qualificar estes assassinos como pais.
Podem ser progenitores, óvulo, espermatozóide.
Pais é que que não!
Porque um pai/mãe dá a vida por um filho, não tira a vida a um filho.

Comentários

  1. São pessoas que têm problemas do foro psiquiátrico e que ninguém detetou ou reconheceu como tal.

    Anteontem li esta notícia: http://calgaryherald.com/news/crime/father-admits-punching-six-year-old-daughter-in-stomach-day-before-she-died

    “I hit her with a fist — pretty hard, probably as hard as I’d have hit somebody else. Best thing to describe is I didn’t hold back … I also almost wished I’d walloped her seven times on the head, then I’d know that happened, but I didn’t. I’m not sure if I punched her more than once. I’m wondering … ”

    A filha tinha 6 anos. Esta parte tem-me causado insónias.

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    1. Não chamem pais a estes escroques, Catarina!
      NADA justifica a violência exercida perante seres indefesos.
      É revoltante que, tantas vezes, os autores desses actos ignóbeis sejam aqueles em quem as crianças mais confiam.
      Puro horror!!

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  2. «(...) um pai/mãe dá a vida por um filho, não tira a vida a um filho.».

    Meu caro, acho que você disse tudo numa pequena frase, sinto uma revolta que nem imagina, as penas a aplicar tem de ser exemplares.

    Aquele abraço, Pedro.

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    1. As pessoas que merecem, maior confiança às crianças são aquelas que lhes tiram a vida, Ricardo.
      Revolta, enoja.
      Aquele abraço

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  3. Concordo inteiramente com o Pedro, só tiraria o supostamente .Porque não é suposição, é dever real de protecção que quem gera uma criança tem para com ela.

    Eu ainda consigo perceber o caso de um pai que no Norte português se suicidou levando o filho consigo, pois estava desempregado , desesperado . Ou o caso de um Secretário de EStado há muitos anos que fora de si porque o bebé dava noites impossíveis e numa delas , o sacudiu e acabou por lhe causar a morte.

    Agora casos em que a criança é torturada, posta em água demasiado quente, agredida sistemáticamente, abusada....estas bestas deveriam ficar numa cela em isolamento até morrerem.

    Não têm justificação nenhuma!

    Mas a lei , mesmo quando diz proteger "o superior interesse da criança" mente e tem demasiadas falhas.

    Peço desculpa pelo tamanho, mas toda a minha profissional se centro sobre Educação e estes crimes nunca deixaram de me revoltar e indignar.

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    1. É impossível não ficar revoltado com estas situações, São.
      E com instinto de vingança, acrescentaria eu.
      Não consigo conceber qualquer justificação para se ser violento com um ser indefeso e que depende de nós para sobreviver e ser acarinhado.
      E já não é a primeira vez que me meto onde não sou chamado para tratar por cavalgaduras aqueles que têm um comportamento violento para com crianças à minha frente.
      Não há justificação!

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    2. Claro que não há justificação.

      Quando disse que percebo é no sentido de perceber mesmo o motivo, não para o justificar, mas para dar um sentido ao que aconteceu num momento.

      Quanto ao instinto de vingança, pois...eu acho que estas aberrações da natureza o merecem .

      Por exemplo, no caso das duas meninas belgas que morreram à fome e à sede numa cavidade subterrânea porque os violadores se esqueceram delas, teriam o mesmo fim!!!!

      Sou contra a pena de morte, mas a favor de pena perpétua para crimes horrendos como estes!

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    3. Vou ser mauzinho, São.
      Fico aliviado por saber o que estes fdp vão sofrer na cadeia.
      E vão sofrer muito.
      Porque, entre o código de conduta dos detidos, estes crimes são os que merecem maiores castigos.

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    4. Ainda bem que não sou só eu a ser mázinha!!

      Agradeço a companhia !!

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  4. Absolutamente de acordo.Também fico arrepiada com estes casos. E nem me venham dizer que são pessoas com problemas psiquiatricos. Que raio de problema pode dar para fazer mal a um ser completamente indefeso?
    A humanidade evoluiu. acabou-se com a pena de morte, e a prisão perpétua. Estes monstros fazem-nos pensar que deveria haver excepções.
    Um abraço

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    1. Um bebé chorar não é normalíssimo, Elvira Carvalho?
      Como é que pode ser justificação para estes monstros matarem as crianças?
      Uma relação que acaba é justificação para matar a criança??
      Não consigo ser educado - cabrões de m&rda!!
      Um abraço

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  5. Concordo contigo e também algo me inquieta: as mães nestes "quadros" vão trabalhar, sabem o que têm em casa e não pensam nos filhos? Não serão elas cúmplices de "um silenciar ensurdecedor"?

    Uma palmada, um ralhete, um castigo faz parte e quem nunca deu que atire a primeira pedra. Agora marcas terríveis e continuadas ninguém sabe, ninguém viu ou ouviu?
    Ontem estive a ouvir um jurista forense criminal...por dia são maltratadas violentamente 3 crianças.

    Um horror e gente que faz isto merecia o mesmo ou pior!

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    1. Um ralhete, um castigo, é normal, faz parte, Fatyly.
      Bater às minhas filhas??
      Nem me passa isso pela cabeça!
      Maltratá-las desta maneira então é simplesmente horripilante.
      Não consigo perceber, muito menos aceitar.

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  6. Aqueles que mais deviam proteger as crianças são, afinal, os seus carrascos. Simplesmente medonho, inconcebível.

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  7. Wno último caso a mãe deixa uma criança com alguém já sinalizado. Por diversas vezes a criança prsemtou hematomas e nada se fez? Que mulher é esta tão carente de um homem que deixa-se apanhar, também, não acredito que não seja tb vítima dele...
    As crianças sofrem nas mãos daqueles que as deviam proteger.
    Kis :=>)

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    1. Um caso típico de alguém que não é mãe, AvoGi.
      Foi, circunstancialmente, útero.
      Nada mais que isso.
      Beijinhos

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  8. Demasiado horrível sequer para comentar ! :(
    Subscrevo inteiramente o texto, Pedro !

    Abraço !

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    1. Rui,
      Como nos ensinou o poeta "O melhor do Mundo são as crianças".
      Como é possível fazer-lhes tanto mal, Santo Deus??!! :(
      Aquele abraço

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  9. ~ ~ Nem consigo falar sobre o assunto. ~ ~

    ~~~~~~Beijinhos~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  10. Um tema sobre o qual nos é muito difícil falar.
    Um abraço, Pedro.

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  11. Absolutamente de acordo.

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  12. Gostei do seu texto, aliás, falou um pai, antes de mais.
    Não sei entender estas aberrações.

    Boa semana!

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    1. CÉU,
      É impossível o pai, que tem absoluta adoração pelas filhas, colocar o coração de lado quando aborda um tema destes
      Boa semana

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  13. Que triste, agente nunca está preparado para ouvir uma coisa tão triste e deprimente. Só me resta rezar para que isso nunca mais aconteça.
    Tenha um ótimo dia.

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    1. Um perfeito horror, Anajá.
      Chamar pais a estes trastes é mais que abusivo :(
      Tenha um óptimo dia também

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  14. Pedro um assunto que não deve ficar no esquecimento, mas que dor no coração ele provoca

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  15. Algo realmente muito difícil de perceber...

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    1. Impossível, Gábi, eu não consigo perceber, muito menos aceitar.

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  16. As lágrimas caem, não consigo encontrar palavras.

    Beijinho Pedro

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    1. Porque a Adélia é mãe e avó e sente estas abominações de maneira especial :(
      Beijinhos

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  17. «Porque um pai/mãe dá a vida por um filho, não tira a vida a um filho».

    Inteiramente de acordo. Sou pai de uma filha menor e não consigo perceber como tais coisas acontecem. Repulsa e nojo é pouco para descrever o que sinto por gente tão abjecta e vil.

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    1. Pai de duas filhas (a Catarina tem 17 e a Mariana 11) faria tudo por elas, Paulo Lisboa.
      E é isso que um pai deve/tem que fazer.

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