Os 15 anos da RAEM


A Região Administrativa Especial (RAEM) completa no final da semana o seu 15º aniversário.
Adolescente nada rebelde em relação às directivas recebidas da mãe-pátria, o bom aluno desse sonho do visionário Deng Xiaoping que é conseguir compatibilizar dentro de um mesmo país sistemas políticos, jurídicos e económicos completamente diferentes, a RAEM tem vivido com alguns sobressaltos, com algumas borbulhas no rosto, que lhe tiraram algum do poder de sedução que apresentava nos seus anos de maior esplendor.
Tudo começou com um enorme furúnculo, que nunca foi devidamente extirpado, que deixou marcas, cicatrizes.
E continuou com alguns excessos que só em parte se podem considerar próprios da juventude.
Já se sabe que vai ter uma nova equipa de educadores, mas está para se ver se essa nova educação, que se adivinha algo mais patriótica, resulta num novo comportamento agora que a maioridade se avizinha a passos largos. 
Ficaram no ouvido alguns recados da mãe-pátria, um pequeno ralhete até, chamando a atenção do adolescente que chegou a hora de ser mais responsável, mais comedido em alguns dos seus excessos, mais adulto.
Para que esses recados não caiam em saco roto até houve castigos, cortes na mesada.
Que podem continuar, e até ver-se agravados, se o adolescente não se souber comportar no futuro.
Chegou a hora de o adolescente se preparar para a vida adulta.
Será algo de semelhante a isto que o preceptor virá dizer no final da semana quando der posse à nova equipa de educadores.

Comentários

  1. Boa sorte e felicidades é o que desejo à RAEM e seus habitantes.

    Grande Abraço, Pedro.

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    1. 15 anos com alguns sobressaltos, alguns problemas, mas vai valendo a pena viver aqui, Ricardo.
      Com as celebrações do décimo quinto aniversário vêm uma série de feriados e tolerancias de ponto para alegrar a malta.
      Aquele abraço

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  2. Espero que o a adolescência decorra bem para toda a gente, especialmente para si e família, Pedro

    Abraço de parabéns

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    1. Tem corrido bastante bem, São, há que dizê-lo porque é de inteira justiça.
      Um abraco

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  3. Gosto da imagem que criou, Pedro, a do filho adolescente que está prestes a emancipar-se.

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    1. Mas é mesmo muito assim que vejo esta experiência única que são as Regiões Aministrativas Especiais (Macau e Hong Kong) Miú Segunda

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  4. ~ ~ Tudo do melhor para Macau e seus residentes. ~ ~

    ~ ~ ~ Bejinhos. ~ ~ ~

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    1. Chega cá hoje Xi Jinping, Majo.
      Amanhã será a tomada de posse do novo executivo, haverá um sarau e vai-se embora.
      Certamente depois de deixar alguns recados....
      Beijinhos

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  5. É fundamental que sejam reforçadas as boas ideias.
    Um abraço.

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    1. Deverá ser algo do género que Xi Jinping vai dizer hoje e amanhã, António
      Aquele abraço

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  6. Uma bela imagem, Pedro! Que as coisas continuem a correr bem para si e família!
    Abraço

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    1. Se correrem com têm corrido até aqui já fico bem contente Carpe diem.
      Abraço

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    1. Eu que o diga, Carlos....
      Vinha para aqui dois anos e já vou a caminho dos vinte.
      Os primeiros vinte.

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  8. Que a adolescência decorra em paz e que os seus habitantes não sofram.
    Um abraço e boas festas.

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    1. Se for como tem sido já será muito bom, Elvira Carvalho.
      Mas ainda há espaço para melhorar

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  9. Fez 15 anos que a Cidade do nome de Deus de Macau morreu para dar origem à RAEM. Uma data que, como português, ainda por cima de Macau, me entristece, mas a vida é mesmo assim. A RAEM ainda mantém algo de bom dos outros tempos, mas no cômputo geral está pior. Só está bem precisamente quem já estava ou começou a estar bem nos outros tempos, um pormenor que parece passar ao lado de muita gente. Resta saber por quanto mais tempo o estado de graça vai durar. Em 15 anos, pelo primeira vez as receitas do jogo baixaram - consequência da acção directa de Xi Jinping. Veremos o que é que o futuro nos reserva. Em todo o caso, mesmo sendo natural de Macau, nada me prende já verdadeiramente a essa terra, ainda por cima agora no estado em a encontrei 13 anos depois, fazendo com que me seja ainda mais fácil deixá-la se preciso for. Pelo menos por enquanto, no dia 12 estarei de volta ao batente em Macau.

    PS. Creio que não se pode comparar Macau a Hong Kong. Macau sempre foi muito cordeirinho, não apenas agora para a China como também para Portugal, no passado.

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    1. Se me perguntarem se gostava mais do tipo de vida de Macau antes da RAEM respondo sem dúvidas sim.
      Já o disse várias vezes, já o escrevi.
      Mas, com a liberalização do Jogo já se adivinhava algo de semelhante ao que hoje está a acontecer.
      Talvez não tão brutal, talvez não com tanta sede.
      São os ventos da História, FireHead.
      Que agora sopram do Norte.
      Um Norte que não vai deixar ficar mal Macau.
      Há algum arrefecimento.
      Natural e até desejável
      Mas esse arrefecimento só durará até à abertura dos novos projectos no COTAI (2 anos, mais ou menos).
      Depois vai ser o mesmo regabofe.

      Comparei Macau com Hong akong na mesma mediada em que o fazem os dirigentes de Pequim, FireHead.
      O bem comportado e o irrequieto.

      Votos de um Santo Natal para si e família
      Um abraço

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