E se o Braga passasse a comandar a classificação da Liga Zon Sagres?
Era justo, não era?
Porque, os outros dois, são uns queixinhas e uns "empatas"!
Começou por empatar o Benfica em Olhão.
O Olhanense, com metade dos titulares ausentes, travou um Benfica esgotado.
No físico e nas ideias.
Os de Olhão, que já levam uma série de 9 (acho que são 9....) jogos sem perder, controlaram perfeitamente um Benfica sem ideias, sem fio de jogo, sem oportunidades de golo flagrantes.
O Olhanense também as não teve, é verdade.
Mas, para o Olhanense, este pontinho era precioso.
Para o Benfica, podia ser desastroso.
A equipa do Benfica está extenuada.
E, muito por causa desse cansaço, sobretudo mental, perde-se.
Inclusivamente perde a cabeça.
Aimar teve uma entrada karateca sobre um adversário e foi muito bem expulso.
Prejudicou a equipa, prejudicou o espectáculo, prejudicou a estratégia.
Que também foi paupérrima.
Jorge Jesus parece que não sabe muito bem o que quer e o que há-de fazer.
E enreda-se em desculpas esfarrapadas, discussões estéreis.
Também ele está esgotado.
O empate a zero reflecte o que foi o comportamento das duas equipas - uma não quis perder, a outra não soube como ganhar.
Quem soube ganhar foi o Sporting.
Um exibição fraquinha, um golo de penálti, uma vitória magrinha (1-0) sobre um Feirense que é inquestionavelmente uma das piores equipas da Liga.
Mas, ao contrário de Jorge Jesus e Vítor Pereira (já lá vamos...), Sá Pinto não recorre a desculpas fáceis e tontas.
Antes fala no visível cansaço dos jogadores do Sporting e explica com esse cansaço exibições menos conseguidas.
Custa assim tanto admitir o óbvio?
Com esta vitória, o Sporting põe pressão no Marítimo naquela luta a dois pelo quarto lugar.
E prepara-se para, com outra moral, enfrentar o Metalist na Liga Europa.
No jogo dos "empatas", o Porto, que podia fugir ao Benfica, resolveu imitar os encarnados.
Depois de mais uma exibição fraquinha e nervosa, o Porto empatou em Paços de Ferreira (1-1).
E o Braga pode passar os dois "empatas" e isolar-se no primeiro lugar.
O Porto, que até esteve a ganhar até aos 76 minutos mercê de um auto-golo, perdeu muitos golos, jogou muitas vezes sem nexo, apresentou jogadores que estão de rastos (Lucho está rebentado!).
E sofreu o empate, marcado por Melgarejo, emprestado pelo Benfica ao Paços, na sequência de um canto.
Para se ser campeão é necessária solidez, crença, classe, killer instinct.
Porto e Benfica não têm essa qualidade.
Encrava-se-lhes a arma na hora de liquidar o adversário.
O Braga terá?
Voltando ao Porto, Vítor Pereira foi para a conferência de imprensa falar de árbitros.
Só lhe posso responder de uma maneira - nos últimos vinte anos só houve um treinador no Porto que conseguiu ser pior do que ele - Octávio Machado.
É preciso dizer mais alguma coisa?
Em Espanha, os mesmos seis pontos a separar os dois colossos.
Aos 5-1 com que o Real Madrid brindou a Real Sociedad, respondeu o Barça com 2-0 em Maiorca.
E segue a luta a dois - entre Real e Barça e entre Messi (foi ele que marcou o golo?) e Ronaldo.