A Taça da Liga é do Benfica

O Benfica venceu a Taça da Liga ao derrotar o Porto por 3-0 na final realizada no Estádio do Algarve.
No Estádio do Algarve encontraram-se duas equipas com estados de espírito diametralmente opostos.
O Benfica respira confiança, está com a moral em alta, tudo lhe sai bem, a euforia está instalada.
O Porto está deprimido, ansioso, nervoso, à espera que a época, e o pesadelo, acabem.
Mais, numa fase em que parece que a equipa foi vítima de mau olhado.
Desilusão na equipa, nos jogadores, nos adeptos, um treinador que não consegue dar a volta a esta situação.
A confirmar todo o cenário descrito, no jogo de ontem, a primeira oportunidade de golo até foi do Porto (Rodriguez aos 8 minutos).
Dois minutos depois, num frango monumental de Nuno, sem que nada tivesse feito para o merecer, o Benfica adianta-se no marcador.
Parêntesis na análise ao jogo.
Sem querer sacrificar Nuno, até porque o raciocínio se aplica a qualquer outro, não consigo perceber esta parvoíce de entregar a baliza a um guarda-redes que não está rotinado só porque é o "guarda-redes da Taça da Liga".
Mourinho perdeu o seu único troféu na sua passagem pelo Porto (Taça de Portugal, também para o Benfica) com a mesma patetice.
Nuno é uma referência de balneário no Porto.
Isso eu percebo.
Mas, sublinho, de balneário.
A sua função é enquadrar novos jogadores que chegam ao clube, dar-lhes a conhecer a casa, a maneira de pensar, agir, a mentalidade do clube.
Poderá fazer um jogo ou outro, que não tenham grande importância.
Nunca jogos em que está em causa a atribuição de um troféu, ainda mais quando se trata de um dérbi, com toda a carga emocional que envolvia este.
Confesso que não percebo esta lógica de recompensa.
Há que escolher os melhores e fazer tudo para ganhar.
Quem não estiver disposto a aceitar estas regras, está a mais.
Já que Jorge Jesus está em alta, veja-se o exemplo do que ele fez, e está a fazer, com Nuno Gomes.
Voltemos ao jogo.
O Benfica marca no primeiro remate (que nem remate era...) e o Porto perde a cabeça.
Meireles e Bruno Alves têm atitudes indignas, esquecem-se de jogar à bola, personificam o desnorte do plantel.
Jesualdo assiste impotente.
E o jogo vai correndo, feiinho, com uma virilidade a roçar a violência, mas sem que nenhuma equipa se sobreponha claramente à outra.
À beira do intervalo, o Benfica marca o segundo golo (golaço de Carlos Martins) e acaba com o jogo.
A segunda parte arrastou-se, com o Benfica a guardar-se para os jogos com o Liverpool e o Braga, e o Porto à espera do fim para ir embora dali.
Jesualdo olhava para o banco e o panorama era confrangedor.
Jorge Jesus, que tinha poupado Cardozo, Ramires, Saviola, faz entrar os craques e Cardozo ainda marca mesmo à beira do fim.
Vitória justíssima do Benfica, com números algo pesados, uma equipa com classe, em estado de graça, à qual tudo corre bem.
Ao Porto resta-lhe acabar a época com dignidade, procurar ganhar a Taça de Portugal, e começar a preparar a próxima época.
Certamente sem Jesualdo e sem muitos dos jogadores do actual plantel.

Antes do jogo, e depois da violência em Alvalade a meio da semana, uma cambada de selvagens, de delinquentes organizados, que se auto-intitulam claques de futebol, criou o caos.
Feios, porcos e maus!!

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