O cherne continua à frente da Comissão

Quando Durão Barroso abandonou a chefia do Governo em Portugal para se deixar cair nos braços da presidência da Comissão Europeia, choveram críticas à tropelia que o sujeito acabara de levar a cabo.
Confesso que sou daqueles que sempre achou que Durão Barroso revelou muita visão, tacto, e, porque não, alguma esperteza na decisão tomada.
Percebendo que o panorama não se anunciava famoso para a cor laranja, Durão Barroso deu razão à sua esposa, Margarida de Sousa Uva (que bem tia!), e percebeu que um cherne não deve ficar confinado ao cu da Europa.
Tem que ir lá para o centro, salvo seja, deixando-se enredar nos tentáculos do polvo europeu.
O seu mandato fez lembrar a alegoria do elefante a atravessar o lago, saltando levemente de nenúfar em nenúfar.
Depois de prolongadas negociações, lá conseguiu convencer os parlamentares europeus de que é mesmo inofensivo.
Com esse passo decisivo, apesar da peixeirada que a deputada Ana Gomes armou (parece que não gosta de cherne; ela é mais do género café de Timor), conseguiu a reeleição no cargo por mais cinco anos.
Vamos ver como é que vai agora nadar com as águas turvas em resultado de ondas de mau presságio que se anunciam vir dos mares da Irlanda.....
Não é novidade para ninguém que o arenque é um peixe muito travesso.

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